MEC dá 10 dias para Uniban explicar expulsão e pode recomendar volta de aluna
De acordo com a assessoria da Secretaria de Educação Superior do ministério, a notificação deve ser entregue a universidade ainda nesta semana. No caso de as explicações não serem aceitas pelo MEC, deve ser aberto um processo de supervisão especial, para avaliar se a aluna teve direito a ampla defesa, informou o órgão.
Com base nas informações analisadas durante o processo, a universidade pode ser recomendada a aceitar a aluna de volta.
Geisy foi xingada nos corredores da universidade no último dia 22 por usar um microvestido rosa. O tumulto foi filmado e os vídeos acabaram na internet. A aluna, que está no primeiro ano do curso de turismo, parou de frequentar as aulas após a confusão.
A expulsão da aluna aconteceu por meio de um anúncio da Uniban em jornais de São Paulo deste domingo (8). O advogado da estudante se disse "perplexo" e "atordoado" com a decisão da universidade e disse que estuda a possibilidade de entrar com um recurso contestando a decisão.
Segundo a nota da universidade, foram colhidos depoimentos de alunos, professores e funcionários, além da própria Geisy, para embasar a sindicância. Em seu depoimento, a Uniban diz que "a aluna mostrou um comportamento instável, que oscilava entre a euforia e o desinteresse".
No domingo (8), o presidente da UNE, Augusto Chagas, afirmou que a decisão de expulsar a aluna é descabida, e completou: "é como nos casos em que se responsabiliza a vítima de um assalto por estar segurando a carteira, ou se diz que uma mulher é culpada quando sofre um assédio ou abuso por causa da sua roupa. Isso nos parece lamentável."
A UNE, movimentos sociais e sindicais organizam para hoje uma manifestação contra a expulsão da aluna. O protesto deve acontecer por volta das 18h em frente à Uniban de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).
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