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Educação/Vestibular
Quinta - 16 de Abril de 2009 às 01:29
Por: Bruno J.R. Boaventura

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A Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT não passa por uma crise financeira, pois com crise não se convive, e sim se supera. Já foi o tempo em que os rombos milionários eram exceções, já se tornaram regras cotidianas. A gestão recorrentemente não supera o desafio do engodo de mais de 90% do orçamento estar sempre sendo consumido pela folha de pagamento, em razão de que as soluções, ainda estão sendo buscadas no caminho do autoritarismo personificado em um super-ego do poder alimentado nestes últimos 7 longos anos.

A pressão de um movimento ungido a mobilização estudantil e a estratagema docente, forjado na paixão de um Acir Montecchi e na determinação de um Serginho Dutkievicz, esculpiu a estatuinte universitária da superação, não da crise, mas da barbárie institucional. Com o novo Estatuto derruba-se um rei, mas permanece um reitor. Cai a arrogância intransigente de uma gestão, mas se levanta o desafio do dialogo. Tornou-se passado o sonho de um novo Estatuto, e tornar-se futuro o sonho de uma nova Universidade. O pesadelo da barbárie institucional deve ser sempre lembrado, pois é do tamanho da força de nossas lembranças que nos preparamos para que os erros não nos surpreendam. A preparação da atual gestão não incluiu a resistência ao enfrentamento moral. A surpresa para todos não fica nos erros naturais do autoritarismo praticados pela Reitoria, mas na estupidez de querer defende-los, em plena Universidade do século XXI, com força física.

Estes erros comprometem integralmente a instituição, o fim está prenunciado, pois somente pára antes do termino de um caminho assim como uma Universidade só pára antes do término do ano aquele que desistiu de seguir o seu rumo. A Unemat não se fez e não se fará de portas fechadas, sem os ensinos do riscar do giz, sem a pesquisa do folhear do livro e a extensão ilimitada do conhecer.

A luz não tem caminho pré-definido avança até onde e por onde a impenetrabilidade de sua força se faz capaz. Acreditar que o brilho da vitória na estatuinte dos movimentos universitários foi o fim da luta, permitindo assim o fechamento da Unemat por cinco meses é adormecer para um novo pesadelo. Os tempos da Unemat ainda não deixaram de serem sombrios, a escuridão das intermináveis decisões por “ad referendum” acabaram, mas a penumbra da incapacidade de manter a Universidade aberta ainda permanece.

Seja quem for, docente, discente ou técnico, seja aonde estiver nos 11 campis, saiba que o conhecimento não se faz na escuridão de uma gestão que quer apagar as luzes da Unemat, e sim na lucidez de um permanente e conjunto caminhar por uma Universidade pública, gratuita e de qualidade.

Bruno J.R.Boaventura – Assessor jurídico da ADUNEMAT.





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