Sintep afirma que Mato Grosso tem carência de 5 mil profissionais

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Gilmar Soares Ferreira, recebeu com surpresa o anuncio do concurso público para contratação de professores. “Ainda não estou sabendo de nada. O Governo ainda não nos comunicou”, disse, para completar que a realização do concurso é bem vinda, mas que o sindicato quer antes sentar com o secretário de Educação para ver se as 3.200 vagas para professores atende as necessidades do Estado. No primeiro momento, o sindicato fala em necessidade de 5 mil contratações.

“O Sintep tem interesse para que abra concurso para aquilo que é necessidade, o essencial. Vamos aguardar a finalização do processo de atribuição de aula, sentar com o secretário para apurar os números. Vamos cobrar o que é real. Se a necessidade for maior vamos correr atrás” – avisou o professor.

Com base em um quadro de professores efetivos, Gilmar disse que o ideal será a realização de um concurso para o preenchimento de 5 mil professores. Ele se baseia no fato de que dos 11 mil professores efetivos pelo menos 4 mil devem se aposentar nos próximos quatro anos. Já a proposta do Estado de realizar o concurso para 4 mil profissionais para as outras áreas, acredita que seja o ideal.

Com relação a decisão do Governo de aumentar os salários da Educação a partir de primeiro de maio, o sindicalista revelou que o aumento oferecido de R$ 1.050,00 para nível médio e R$ 1.575,00 para nível superior deveria ter sido aplicado desde setembro do ano passado. “O governo não cumpriu a lei. Mato Grosso é o único Estado que não aplica a lei. Por ano R$ 40 milhões são retirados da Educação. Se aplicasse direito poderia estar nos pagando este valor desde setembro do ano passado”, completou.

Gilmar Ferreira confirmou que a categoria está em estado de greve e espera até 7 de março quando se reúne para decidir se paralisam ou não uma proposta do governo para ser avaliada. Ele disse ainda que espera que o governo realmente oficialize o aumento de 6% em setembro.