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Educação/Vestibular
Sábado - 08 de Novembro de 2008 às 11:40
Por: Roseli Riechelmann

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Uma vivência apresentou aos estudantes do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Plácido de Castro, em Diamantino, os riscos da gravidez precoce, das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e Aids. Um projeto elaborado pelo professor de Biologia, Reginaldo Benedito Fonte de Souza, deu a cada aluno um ‘filho’ virtual, materializado na forma de um boneco, que acompanhou os participantes durante duas semanas.

A partir das orientações do professor, os alunos criaram uma história para sustentar a situação vivenciada. Uns eram pais adolescentes de gêmeos, outros tiveram crianças com Síndrome de Down, outros portadores de HIV. Houve inclusive pais e mães solteiros. Todas as situações foram repassadas a partir do conteúdo ministrado em sala de aula.

O Projeto Bebê está na segunda edição. A idéia nasceu de um programa do Governo Federal que buscava saber dos jovens qual o método utilizado para prevenir DSTs e HIV. “Achei que poderia ampliar o tema”, relata o professor. Na primeira edição, os adolescentes passearam com o boneco durante uma semana. “Na versão 2008 foram duas semanas e as exigências foram maiores”, disseram os alunos.

Após a festa da proposta, começou a repercussão. Anderson Dias, 17 anos, e Elisa Espíndola, 15 anos, são um casal de namorados e viveram o papel de pais de uma criança com Síndrome de Down e portadora de HIV. Visitaram o posto de saúde para saber sobre o pré-natal e tratamento do HIV.

Nos cuidados com a criança, Elisa percebeu a exigência do papel feminino na criação dos filhos. “O Anderson ficou um pouco sem jeito de circular com o boneco pela rua e aí eu é que ficava com ele”, diz.

A boneca acompanhava os jovens em todas as atividades, inclusive extra-classe. “Íamos a uma festa, se não tivesse com quem deixar, tinha que levar. Até para trabalhar eu levava o bebê”, diz Amanda Vanni Vanjos, 15 anos. Os jovens vivenciaram algumas das responsabilidades de criar um filho. “Calculamos o quanto nossos gêmeos custariam em fraldas e leite durante cinco anos”, disse Guilherme Lopes, 16 anos, é marido fictício de Amanda. Segundo o ‘casal’ , nem se os dois trabalhassem não conseguiriam manter as crianças sem ajuda dos pais.

A tarefa movimentou toda a cidade. Alguns pais não gostaram muito. “Meu pais não gostaram de me ver com a boneca”, conta Anderson. A maior parte aprovou e ainda cobrou dos jovens maior responsabilidade com os respectivos bebês.

Victor Augusto, 15 anos, e Joyce Alves, 16 anos, participaram da primeira edição do Projeto como casal. Eles foram escolhidos os “pais do ano”, pelo compromisso e cuidados adotados com a boneca, na escola e fora dela. “O exercício reforçou a idéia de ter filho com mais idade e situação financeira compatível”, concluiu o ‘casal’.





Fonte: Seduc-MT

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