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Politica Brasil
Terça - 16 de Setembro de 2008 às 12:45
Por: Juliana Michaela/Direto de Cui

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O governador de Minas Gerais e um dos possíveis candidatos pelo PSDB à presidência da República em 2010, Aécio Neves (PSDB-MG), em coletiva de imprensa ontem à noite em Cuiabá (MT), disse que o País precisa construir uma convergência política nova, com propostas claras que o Brasil ainda não conseguiu ver. Aécio foi para a capital de Mato Grosso participar da campanha do candidato à reeleição Wilson Santos. Cuiabá é a única capital da região Centro-Oeste em que o PSDB tem candidatura própria a prefeito.

"Pode considerar uma utopia, mas queria ver em 2010 uma disputa que não fosse entre esse ou aquele partido, para não reeditarmos a radicalização de 1994, 1998 e das duas últimas eleições. Acho que poderíamos construir algo extremamente novo, uma convergência nova, com propostas claras que o Brasil não conseguiu ver ainda. Agora é um novo momento, não devemos nós, do PSDB, encarnar o anti-Lula. Temos que pensar no pós-Lula, o que podemos fazer de melhor. Aproveitar as boas experiências de Fernando Henrique e as boas de Lula e fazer melhor daqui para frente", ressaltou Aécio.

Questionado se essa convergência poderia ser semelhante a que ocorreu em Belo Horizonte numa tentativa de aliança entre o PT e o PSDB nas eleições municipais, o governador discordou: "Tentamos fazer algo ousado em Belo Horizonte e tínhamos um ambiente favorável. É uma sinalização que, desde que haja projetos, podemos estar juntos. É o que aconteceu com o PT e PSDB em Belo Horizonte. Todavia, ali é um passo mais adiantado. Não falo isso para 2010, aí sim, seria algo distante. Mas para algumas coisas importantes como aprovação de reformas políticas e incremento de gestão pública", afirmou.

Para o governador de Minas Gerais, o PSDB deverá escolher um candidato em 2010 que possa aglutinar forças políticas novas, ressaltando que muitas poderão ser as que estão em torno do presidente Lula. "Hoje esse guarda-chuva está em torno do presidente e dá sustentação, outra coisa é uma candidatura do PT. Tenho minhas dúvidas se trará consigo esse conjunto tão amplo de forças políticas. Acho que uma dessas forças pode encontrar conosco maior identidade e apresentar um projeto novo e moderno, otimista e corajoso do ponto de vista político. O PSDB tem grandes chances de vencer as eleições, acredito firmemente nisso", disse Aécio.

Eleições

Aécio admitiu a possibilidade de ser candidato à presidência da República, mas reforçou que existem outros nomes que disputam internamente no partido com ele. Sobre as visitas que tem feito aos diversos Estados do País, Aécio disse que não têm cunho eleitoral. "Como governador tenho atendido alguns convites dos Estados da região Sul, do Nordeste, na cidade de São Paulo, e em algumas cidades de Minas Gerais. Não se trata de campanha presidencial, mas de fortalecer o PSDB", respondeu.

Ao ser questionado se ele iria voltar para São Paulo para apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin, Aécio disse que está à disposição. "Houve uma queda na aceitação de Geraldo Alckmim, mas tenho grande esperança na recuperação. Houve um problema em sua campanha e ocorreram algumas modificações. Torço pelo Geraldo e não é minha presença ou ausência que fará mudanças. Ele pode surpreender e estarei à disposição dele, se ele achar necessário. Acredito que irá para o segundo turno. Temos trocado idéias e vejo o Geraldo muito determinado", finalizou.





Fonte: Especial para Terra

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