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Educação/Vestibular
Segunda - 09 de Junho de 2008 às 14:01
Por: Eduardo Bessa

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O Superior tribunal federal vota a liberação de pesquisas com células-tronco embrionárias. Médico legista contesta resultado dos laudos de cientistas forenses no caso Isabella Nardoni. Satélites japoneses contestam dados do INPE sobre área desmatada no norte de Mato Grosso. Sonda da NASA aterrissa em Marte. Descoberto peixe fóssil de 380 milhões de anos de idade. Todas essas são manchetes dos principais jornais da última semana e todas estão, de alguma forma, ligadas à Ciência.

A Ciência permeia a vida de todos nós desde a tela de cristal líquido que indica a hora em que acordamos no rádio-relógio ao lado da cama, até o remédio que tem como efeito colateral causar sono e, por isso, deixamos para tomar antes de ir deitar. Ela é a base de toda a tecnologia que mudou nosso modo de vida sobremaneira nos últimos cinqüenta anos. Compreender a Ciência torna o mundo muito mais simples e belo. Instiga-nos a buscar saber mais.

O método científico é uma forma de pensar baseada na lógica e na contraposição desta com as evidências do mundo real. À medida que qualquer um conhece e utiliza o método científico, tornamo-nos pessoas muito mais críticas e questionadoras. Desde o mito da caverna, de Platão, que o conhecimento afasta os temores infundados, nos torna objetivos e precisos.

O conhecimento, cujo termo em latim tem a mesma origem da palavra Ciência “Scientia”, deriva em grande parte do método científico. É usando essa combinação de lógica e evidência que geramos a maior parte do conhecimento atual. Algo assim tão simples é exatamente a ferramenta mais poderosa que temos. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Crenças e superstições não se sustentam contra o método científico, ele nos poupa das inutilidades.

Nesse sentido, temos que fazer todo o espaço para tomar contato com a Ciência. Há uma grande barreira entre a produção do conhecimento pela Ciência, que ocorre em centros de pesquisa e universidades, e o grande público. Cientistas são pessoas muito meticulosas, apaixonadas por seu trabalho, preciosistas quanto a seus termos e dados e extremamente trabalhadores. Isso faz com que muitos deles tenham um discurso complicado e certa aversão a dialogar com a sociedade sobre seus trabalhos. Por outro lado, quem costuma financiar a pesquisa científica no Brasil é o Estado por meio dos impostos arrecadados. Ou seja, você, contribuinte, é o grande patrocinador da pesquisa científica nacional. Portanto, até por uma questão de transparência, nós cientistas temos um dever moral em popularizar a Ciência que construímos dentro dos laboratórios. Saber mais sobre Ciência e Tecnologia é um direito do cidadão e um fator de crescimento pessoal.

Eduardo Bessa é professor da Universidade de Mato Grosso, na faculdade de Ciências Biológicas.





Fonte: Unemat

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