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Saúde
Sexta - 18 de Abril de 2008 às 07:48

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou, este ano, a ocorrência de seis casos de hantavirose no estado de Mato Grosso. Quatro desses casos foram notificados no município de Barra do Bugres, com dois deles evoluindo para a cura e dois resultando em óbito. Os outros dois casos aconteceram no município de Marcelândia, sendo que um evoluiu para a cura e outro resultou em óbito.

Segundo o técnico da Vigilância Epidemiológica para a área da Hantavirose, da SES, Aparecido Alberto, a letalidade dos casos de Hantavirose, registrados até o dia 17 de Abril de 2008, ficou em 50% e a taxa de cura também ficou em 50%.

A taxa de letalidade aumentou em 2008. De acordo com balanço da Secretaria de Estado de Saúde, em 2007 só 36% das vítimas morreram, um índice abaixo da média nacional, que era de 38%. No ano passado, o percentual de cura em Mato Grosso foi de 64%.

Em todo o ano de 2007 foram registrados 25 casos da doença em Mato Grosso.

Aparecido Alberto disse que “90% dos casos de Hantavirose, no Estado, ocorreram na região do médio norte mato-grossense, especialmente nos municípios de Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis, Nova Olímpia e Sapezal. Os outros 20% ocorrem na região norte do estado, em municípios como Guarantã do Norte, Peixoto de Azevedo, Barra do Bugres, Terra Nova e Matupá”. O Estado está priorizando os municípios de Marcelândia e Barra do Bugres como prioritários para ações de enfrentamento à doença.

Entre os dias 28 a 30 de Abril de 2008 será realizada, no município de Colíder, uma capacitação de Vigilância em Saúde para Hantavirose. A capacitação beneficiará profissionais da saúde como enfermeiros, biólogos, veterinários e abrangerá os municípios de abrangência do Escritório Regional de Saúde, que são Marcelândia, Nova Canaã, Nova Guarita, Nova Santa Helena, Itaúba e Colíder.

A hantavirose é uma doença causada por um vírus encontrado em ratos que vivem nas áreas rurais. A contaminação acontece quanto a pessoa respira a poeira com partículas de excremento (urina, fezes e saliva) de ratos silvestres contaminados, ao varrer ou entrar em ambientes fechados e com presença de ratos silvestres.

A única forma de evitar a doença é a prevenção, que pode incluir ações do que se deve fazer e do que não se deve fazer.

Não se deve deixar a casa fechada por muito tempo, não se deve fazer plantações a menos de 50 metros de distância da casa, na zona rural, não se deve deixar restos de comida ou ração ao alcance de ratos, não se deve deixar o lixo espalhado, não se deve comer frutos caídos ou próximos do chão e nunca se deve tocar num rato.

Os alimentos e grãos devem ser guardados a uma altura mínima de 40 centímetros do chão.

Os principais sintomas da hantavirose são: febre alta, tosse seca, cansaço, dores na barriga, dores musculares e dificuldade para respirar. Ao sentir os primeiros sintomas da doença a pessoa deve procurar, imediatamente, uma Unidade de Saúde mais próxima de sua residência.

Uma série histórica da doença, que vai de 1999 a Fevereiro de 2008 mostra que, nesse período foram registrados 133 casos, com taxa de letalidade que ficou em 42% e taxa de cura evoluindo para 58%.





Fonte: SES-MT

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