Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Saúde
Terça - 01 de Abril de 2008 às 16:11
Por: Jesiel Pinto

    Imprimir


O primeiro dia do 3º Seminário de Planejamento das Ações de Hanseníase e Tuberculose enfocou a situação da Tuberculose e da Hanseníase no Brasil e mostrou como as políticas públicas de enfrentamento a esses dois agravos vêm produzindo avanços no enfrentamento às duas doenças.

“A presença do Ministério da Saúde em Mato Grosso é justamente no sentido de promover e buscar mais ações de sensibilização à população sobre as conseqüências da tuberculose e hanseníase se não forem tratadas. São doenças que têm cura e é inadmissível o país conviver com os índices altos dessas doenças", afirmou o coordenador do Programa Nacional de Tuberculose, do Ministério da Saúde, Draurio Barreira Cravo Neto.

o coordenador destaca que com a realização desse seminário, Mato Grosso demonstra que busca fazer a sua parte. "Porém temos que somar mais esforços, acirrar as campanhas para o país alcançar seus objetivos. Mato Grosso já foi campeão em hanseníase e já temos nos registros uma acentuada queda. Quanto à Tuberculose as equipes avançaram nos índices aceitáveis para a busca da cura”, referendou Draurio Barreira Cravo Neto.

O 3º Seminário está sendo realizado pelo Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e começou nesta terça-feira (01.04), a partir das oito horas da manhã, no Hotel Mato Grosso Palace, em Cuiabá. O secretário adjunto de Saúde da SES, Victor Rodrigues, fez a abertura do evento que prossegue até o dia 04 de Abril.

Falando sobre a situação do Estado de Mato Grosso, o coordenador do Programa Nacional de Tuberculose, do Ministério da Saúde, Draurio Barreira Cravo Neto, disse que o Estado ocupa o quarto lugar no ranking dos Estados, em número de casos da doença.

Os números preliminares, da Vigilância Epidemiológica da SES, acusam um total de 1.013 notificações de casos novos em 2007. Esse número pode sofrer alteração porque o relatório final de 2007 só é fechado em março de 2008, mas a tendência é de que não ultrapasse o total de 2006, que foi de 1.208 casos novos notificados. O índice de cura foi de 75,9% e a taxa de abandono do tratamento foi de 7,8%. O Estado trabalha para atingir um índice de 85% de cura e menos de 5% de abandono do tratamento.

Esses números de Mato Grosso são resultados das políticas públicas de enfrentamento da doença como o diagnóstico precoce, na supervisão das ações de controle,capacitação dos servidores públicos de Saúde, parcerias com os municípios e também a mobilização da sociedade organizada, igrejas, universidades e entidades de serviço social como o Sesi, os clubes Rotarys, Lions e Maçonaria, dentre outros, que contribuiu para que a região Centro Oeste tenha a menor taxa de incidência da doença no país, de 27,92%.

A região Sul apresentou uma incidência de 30,27%, a região Nordeste aparece com 43,09% de incidência, a região Sudeste tem 45,54% de incidência e a região Norte tem 48,24%. Os números se referem apenas ao ano de 2006, vez que o Ministério não fechou o ano de 2007, ainda.

Já a técnica do Programa Nacional de Hanseníase, do Ministério da Saúde, Olga Alencar, que substituiu a coordenadora do programa, Maria Leide de Oliveira, na reunião, anunciou a meta do Ministério da Saúde para o ano de 2008: Diagnosticar 47 mil casos novos de hanseníase, chegando ao final do ano de 2011 com a previsão de 90% de cura dos casos da doença. Olga Alencar disse que Mato Grosso está colocado em terceiro lugar no registro de casos de hanseníase, ficando atrás dos Estados de Pará e Maranhão.

Dados parciais da SES indicam que o Estado apresentou, até o final de 2007, um total aproximado de três mil novos casos de hanseníase com 87% de cura dos casos existentes, bem próximo da recomendação do Ministério da Saúde, de um percentual de cura na casa dos 90%. Uma série histórica, que vai de 2004 a 2006, mostra que o número de casos de hanseníase que aparecem, a cada ano, vêm se alterando. Em 2004 foram notificados 3.378 casos, em 2005 foram 3.556 casos e em 2006 esse número caiu para 3.169 casos.

TUBERCULOSE NO BRASIL E NO MUNDO – Segundo Draurio Barreira, um terço da população mundial está infectada com o bacilo da Tuberculose, 110 milhões por ano, 8 milhões por mês e 22 mil por dia. “Mas estar infectado com o bacilo da doença é uma coisa, estar doente é outra. Estimativas do MS indicam que, numa sala com 100 pessoas, metade vai carregar o vírus da doença, mas não estarão doentes. No mundo inteiro morrem dois milhões de pessoas de Tuberculose, por ano”, informou.

Já o Brasil é o 16º país no ranking mundial de paises em que a Tuberculose está presente, com 80 mil casos da doença, por ano. Uma estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) espera que, para o ano de 2007, esse número chegue a 96 mil notificações de casos. No ano de 2006 o país registrou cinco mil mortes, sendo que 70% dessas mortes ocorreram em 315 municípios, do total de 5.570 de municípios brasileiros.

No Brasil a Tuberculose é responsável por ser a 9ª causa por internações por doenças infecciosas, a 7ª causa por gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com doenças infecciosas e a 4ª causa de mortes por doenças infecciosas, segundo dados da OMS.

Draurio Barreira disse que, com as medidas preconizadas pelo Programa Nacional da Tuberculose e pelo Programa Estadual de Combate à Tuberculose, o Ministério da Saúde estabeleceu o alvo de chegar a um coeficiente de 25 a 30 casos por cada 100 mil habitantes do país. A programação do 3º Seminário continua na tarde desta terça-feira, às 13h30, com uma palestra de um representante do Ministério Público Estadual, sob o tema: “Interação entre Ações de Saúde e o Ministério Público”.

Das 13h30 às 14h00 o representante do MT - Laboratório ocupará a mesa para falar sobre “Controle de Qualidade das Lâminas: Importância da Baciloscopia, Coleta, Transporte, Armazenamento e Processamento das Amostras”.

A partir das 14h30 será feita uma explanação da Estrutura Organizacional e os trabalhos realizados pela Dahw. Em seguida será feito um debate a respeito dos temas apresentados.

O primeiro dia do encontro termina, às 17h00, com um exame do Planejamento Estratégico que inclui: Análise da situação da Hanseníase e da Tuberculose, estratégias de combate e objetivos a serem cumpridos.

O 2º dia do seminário, quarta-feira (02.04), ocupará toda a manhã com discussões sobre: “Metas, Mobilização, Programação, Plano de Ação, Monitoramento e Avaliação” das ações.

Já na parte da tarde o evento discute o tema “Construção e Planejamento”, a partir das 13h30. Os representantes dos municípios serão divididos em grupos para debater a estruturação do planejamento das ações para as duas doenças, Hanseníase e Tuberculose.

Na quinta-feira (03.04), terceiro dia do evento, será realizado, na parte da manhã, a apresentação oral dos trabalhos inscritos anteriormente para a mostra do seminário seguida da votação dos mesmos pela plenária do encontro.

Na parte da tarde será feita a apresentação do planejamento dos municípios para o enfrentamento da hanseníase e da tuberculose.

No quarto e o último dia do evento, sexta-feira (04.04), a partir das 8h, os trabalhos terão início com a apresentação do Coral Vésper, da Escola Estadual José Leite de Moraes. Em seguida, as 08h15, o tema apresentado será sobre o Pacto pela Saúde (Situação da Tuberculose e Hanseníase perante o Pacto).

Das 09h00 as 09h30 será feita a apresentação da Integração entre a atenção básica e a vigilância epidemiológica para a implementação do controle da hanseníase e tuberculose. Em seguida será feita uma explanação dos desafios e perspectivas no Estado de Mato Grosso. Os trabalhos da manhã serão encerrados com um debate e divisão dos grupos de trabalho.

No período da tarde, a partir das 13h30 será feito o fechamento das discussões dos grupos. A partir das 16h00 serão as apresentações dos trabalhos. O 3º Seminário será encerrado as 18h00.





Fonte: SES-MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/182896/visualizar/