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Educação/Vestibular
Segunda - 17 de Março de 2008 às 19:50

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Em assembléia-geral nesta segunda (17), na escola Presidente Médici, em Cuiabá, os profissionais da educação decidiram, por maioria, entrar em greve e ainda reagiram com sonora vaia àqueles sindicalistas do grupo do deputado federal Carlos Abicalil, que defenderam o fim do movimento grevista. Esta é a segundo greve na educação no governo Blairo Maggi e a primeira registrada com o deputado petista Ságuas Moraes à frente da pasta. A adjunta da secretaria é a ex-deputada opositora Vera Araújo, a Verinha, outra petista. Desde esta segunda à noite, as 647 escolas estaduais, com mais de 500 mil alunos matriculados nos 141 municípios, já começaram a ser esvaziadas.

Os educadores reivindicam uma série de direitos. O principal deles é reajuste do piso médio nacional que venha a definir o menor salário em R$ 1.050. Hoje, o piso está em R$ 818 por 30 horas/aulas para efetivo e interino. De última hora, o governo apresentou uma sinalização. Mandou avisar que, no próximo mês, poderia colocar em discussão uma proposta de elevar o piso médio para R$ 912, mas para ter validade a partir de julho. A proposta, que nem chegou a ser oficializada, foi rejeitada pelos mais de 600 educadores que lotaram a escola Médici.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do Estado (Sintep), Gilmar Soares Ferreira, aliado do deputado governista Abicalil, acabou vaiado quando, em seu discurso, se posicionou contra a greve. Também foram vaiados o professor Edmilson Albino e a presidente da subsede do Sintep de VG, Aparecida Cortêz, por se posicionarem na mesma linha. Eles são militantes do PT e da mesma corrente Unidade na Luta (ex-Campo Majoritário), do qual fazem parte Abicalil e os deputados estaduais Alexandre Cesar e Ságuas Moraes, que hoje conduz a Seduc.

A voz de Helena Bortolo, presidente da subsede do Sintep de Cuiabá, acabou prevalecendo na assembléia-geral. Ela puxou o movimento pela greve. Petista de carteirinha, Helena integrou o grupo dos 13 da Executiva do PT que, em 2006, se posicionaram contra a entrada do partido no governo Maggi.

Conforme a decisão em assembléia-geral, os quase 30 mil profissionais da educação adiantaram que não vão recuar. Se o governo Maggi não atender as reivindicações, vão manter a greve por tempo indeterminado.





Fonte: RD News

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