<b>Grupo de Abicalil é vaiado; professores entram em greve</b>
Os educadores reivindicam uma série de direitos. O principal deles é reajuste do piso médio nacional que venha a definir o menor salário em R$ 1.050. Hoje, o piso está em R$ 818 por 30 horas/aulas para efetivo e interino. De última hora, o governo apresentou uma sinalização. Mandou avisar que, no próximo mês, poderia colocar em discussão uma proposta de elevar o piso médio para R$ 912, mas para ter validade a partir de julho. A proposta, que nem chegou a ser oficializada, foi rejeitada pelos mais de 600 educadores que lotaram a escola Médici.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do Estado (Sintep), Gilmar Soares Ferreira, aliado do deputado governista Abicalil, acabou vaiado quando, em seu discurso, se posicionou contra a greve. Também foram vaiados o professor Edmilson Albino e a presidente da subsede do Sintep de VG, Aparecida Cortêz, por se posicionarem na mesma linha. Eles são militantes do PT e da mesma corrente Unidade na Luta (ex-Campo Majoritário), do qual fazem parte Abicalil e os deputados estaduais Alexandre Cesar e Ságuas Moraes, que hoje conduz a Seduc.
A voz de Helena Bortolo, presidente da subsede do Sintep de Cuiabá, acabou prevalecendo na assembléia-geral. Ela puxou o movimento pela greve. Petista de carteirinha, Helena integrou o grupo dos 13 da Executiva do PT que, em 2006, se posicionaram contra a entrada do partido no governo Maggi.
Conforme a decisão em assembléia-geral, os quase 30 mil profissionais da educação adiantaram que não vão recuar. Se o governo Maggi não atender as reivindicações, vão manter a greve por tempo indeterminado.
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