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Saúde
Sexta - 14 de Março de 2008 às 14:33
Por: Jesiel Pinto

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) em parceria com os municípios que apresentaram casos de Leishmaniose Visceral desenvolve ações preconizadas pelo Ministério da Saúde no combate e bloqueio da doença. Em 2007, Mato Grosso confirmou 28 casos de Leishmaniose Viceral, com 10 óbitos. Em 2008, até a presente data, o Estado recebeu notificação de 10 casos confirmados da doença , sendo que 02 desses casos evoluíram para óbito. Todos os casos ocorreram em Rondonópolis, nos bairros Jardim Pioneiro, Jardim Liberdade, Vila Castelo, Vila Iraci, Santa Fé, entre outros.

A Vigilância Epidemiológica da SES, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis, está realizando ações de controle químico e o município tem realizado busca ativa de novos casos, acompanhamento dos casos confirmados, capacitando os profissionais para o diagnóstico precoce e tratamento e realizando o diagnóstico e a eliminação dos animais infectados.

Segundo a técnica da Vigilância Epidemiológica da SES, Joelma Leite da Silva Duarte, “as mesmas medidas tomadas em Rondonópolis são estendidas a outros municípios que têm ocorrência da doença como Barra do Garças, Cáceres, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jaciara, Juscimeira, Luciara, Mirassol D’Oeste, Nossa Senhora do Livramento, Novo São Joaquim, Nobres, Nova Brasilândia, Peixoto de Azevedo, Poconé, Poxoréo, Primavera do Leste, Rosário Oeste e Várzea Grande”.

A Secretaria de Estado de Saúde vem realizando capacitações para treinar técnicos e Agentes de Saúde Ambiental para a realização de inquérito canino, borrifação de residências com inseticida específico nas residências da região onde ocorreram os casos, e controle do reservatório natural da Leishmaniose: o cão. Joelma Duarte lembrou que “o cão não é o transmissor nem o causador da doença. Ele apenas hospeda o protozoário da Leishmaniose após ter sido picado por um mosquito infectado”.

O instrumento usado para normatizar as ações de combate à Leishmaniose é o Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral, da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS). O programa possui, como principais objetivos, a redução de taxas de morbidade, e letalidade por meio de ações de diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) os principais fatores de risco na ocorrência de novos casos são as alterações ambientais como migrações humanas intensas, urbanização, desmatamento. Os fatores de risco individuais são a desnutrição e os fatores genéticos.

A DOENÇA – A Leishmaniose Visceral é transmitida pelo inseto Flebotomíneo, também conhecido como mosquito palha, birigui ou tatuquiras, sendo os cães os principais hospedeiros da Leishmaniose Visceral na zona urbana. Quando o inseto infectado pelo protozoário causador da doença pica o cachorro o animal pode vir a desenvolver a doença. Outros insetos (Flebotomíneos) que picarem esse cão ajudarão a espalhar mais ainda a Leishmaniose, o que aumenta o risco de que a doença chegue ao homem. O cão infectado e o humano que tenha contraído a doença não passam a Leishmaniose para outros humanos. Apenas a picada do inseto transmissor (Flebotomínio) pode fazer isso.

SINTOMAS – Os sintomas mais típicos da doença são febre, aumento de tamanho do baço e do fígado e emagrecimento progressivo. A pessoa que apresentar algum desses sintomas deve procurar o Posto de Saúde mais próximo em busca do diagnóstico. O tratamento é gratuito e deve ser iniciado imediatamente.

PREVENÇÃO – Evitar o contato com o mosquito palha, especialmente no final de tarde e no início da manhã quando o inseto transmissor da doença sai em busca de alimento.

COMBATE – As principais medidas de combate são as retiradas de entulhos, folhas ou materiais orgânicos que possam favorecer a proliferação do inseto (Flebotomíneo), proporcionando condições ideais de procriação, como locais úmidos e sombreados. Outras importantes medidas são o controle do vetor e a vigilância canina.





Fonte: SES-MT

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