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Saúde
Terça - 15 de Janeiro de 2008 às 19:07

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A Secretaria da Saúde de Goiás confirmou nesta terça-feira mais duas mortes causadas por febre amarela. Com isso, o número de mortes no país neste mês chega a cinco. Uma mulher que teve diagnóstico confirmado em São Paulo permanece internada.

Os números da doença até hoje já se igualam aos de 2007, que registrou seis casos com cinco mortes por febre amarela em todo ano.

As mortes confirmadas nesta terça pela Secretaria da Saúde de Goiás são a aposentada Maria Geraldina Siqueira, 63, e o espanhol Salvador Perez, 41.

A aposentada era de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) e passou férias na cidade de Rubiataba (GO), segundo o governo estadual. Ela foi internada em um hospital particular em Ceres (GO) no dia 8 e morreu no dia seguinte.

Já o espanhol passou pelos hospitais Cais do Jardim Novo Mundo, em Goiânia, pelo Hospital das Clínicas da UFG (Universidade Federal de Goiás) e foi internado no HDT (Hospital de Doenças Tropicais) da cidade no último dia 10. Ele morreu dois dias depois da última internação.

Segundo a Secretaria da Saúde, os materiais colhidos dos dois pacientes também foram encaminhados para um laboratório de referência nacional, conforme determina o Ministério da Saúde. Os exames de outros sete casos suspeitos continuam em análise no Lacen (Laboratório de Saúde Pública) de Goiás.

Também nesta terça, a Secretaria da Saúde do Paraná confirmou que a causa da morte de uma paciente que estava internada em um hospital de Maringá foi febre amarela. Ela morreu no dia 8 deste mês.

A vítima, que não teve o nome revelado, havia viajado no fim do ano para Caldas Novas (GO) e começou a apresentar os primeiros sintomas da doença no último dia 4. A causa da morte foi confirmada por exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.

Outros casos

Na segunda-feira (14), Goiás também confirmou a causa da morte de um homem de 24 anos como febre amarela. O rapaz morreu no último dia 2, mas o Lacen divulgou o resultado do exame sorológico somente ontem.

No último dia 8, Graco Carvalho Abubakir, 38, também morreu vítima de febre amarela. Morador de Brasília, Abubakir esteve na região de Pirenópolis (GO) e chegou ao Hospital Santa Luzia no último dia 4 com febre alta, dor de cabeça e dor no corpo.

Em São Paulo, uma mulher que teve diagnóstico de febre amarela confirmado permanece internada na unidade Morumbi do Hospital São Luiz. Segundo boletim médico, o quadro evolui bem, mas não há previsão de alta médica.

Segundo o Ministério da Saúde, todos os casos da doença confirmados até agora são da forma silvestre, contraídos em áreas de mata, em regiões consideradas de risco. O governo nega o risco de uma epidemia.

Febre amarela

Os sintomas mais comuns da doença são febre alta, calafrios, mal-estar, vômito, dores no corpo, pele e olhos amarelados e sangramentos.

De acordo com o Ministério da Saúde, as áreas consideradas de risco no país são as de matas e rios dos Estados da região Norte e Centro-Oeste, parte da região Nordeste --Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste e extremo-sul da Bahia--, região Sudeste --Minas, oeste de São Paulo e norte do Espírito Santo-- e região Sul --oeste dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A vacina é aplicada gratuitamente em postos de saúde de todos os municípios do país, além de salas de vacinação em portos, aeroportos e fronteiras. A proteção vale por dez anos e deve ser tomada dez dias antes da viagem para a área de risco.

A imunização é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos --pessoas com o sistema imunológico debilitado-- e pessoas alérgicas a ovo.




Fonte: Folha Online

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