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Saúde
Segunda - 31 de Dezembro de 2007 às 08:11

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O Instituto de Tecnologia em Farmácia Farmanguinhos/Fiocruz está desenvolvendo um novo comprimido para pacientes com HIV. Ele deve facilitar o tratamento dos brasileiros que têm aids, avaliou o pesquisador Helvécio Rocha, da Vice-diretoria de Serviços Tecnológicos da instituição.

O medicamento envolve três princípios ativos – zidovudina, nevirapina e lamivudina – que já são usados individualmente, e que os usuários terão a possibilidade de tomar em um único comprimido, quando a formulação estiver concluída.

“O número de comprimidos que que o paciente com HIV tem que tomar por dia é muito grande. Então, juntando os três ativos num só comprimido facilita bastante na administração do paciente e também a adesão do mesmo ao tratamento”, disse o pesquisador, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

De acordo com Rocha, o comprimido com os três princípios ativos foi uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Programa Nacional de DST e Aids. A eficácia desses ativos já é conhecida no combate ao vírus HIV e na redução dos sintomas da aids.

Segundo o pesquisador, o instituto começou a desenvolver a formulação há três anos e agora o processo está em fase final. Ele informou que faltam apenas os teste clínicos, que serão desenvolvidos no início de 2008. Após esses testes, o medicamento será submetido ao registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e no final do ano que vem deve estar disponível aos pacientes.

A pílula única para tratamento de pacientes com HIV terá o nome dos seus três princípios ativos, pois Farmanguinhos é um órgão oficial do Ministério da Saúde e as suas produções não têm nomes comerciais.

O instituto está trabalhando em outras formulações combinadas e prevê para o próximo ano o lançamento do Efavirenz, um outro medicamento indicado para o tratamento de aids. Rocha destacou que além desse medicamento, também está em fase final o desenvolvimento das dosagens pediátricas, que é uma recomendação urgente da OMS e do programa nacional.

“Hoje, 5% dos casos de aids são em pacientes com menos de 15 anos e eles têm uma dificuldade muito grande de acessar o tratamento porque os comprimidos disponíveis são em dosagem para adulto”, comentou.

De acordo com Rocha, os pacientes contaminados pelo vírus HIV no Brasil estão em torno de 500 mil, “um número pequeno”, comparado aos 33 milhões de infectados no mundo, registrados agora no final de 2007. A concentração maior está na África Subsaariana e no Sudeste Asiático.

“Nós temos dados interessantes, de que desde 1998 o número de novos casos está diminuindo a cada ano, o que mostra também que o trabalho de prevenção tem sido bastante eficaz”, conclui.





Fonte: ABr

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