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Politica Brasil
Sexta - 23 de Novembro de 2007 às 19:20

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Por unanimidade, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral acaba de cassar o mandato do deputado licenciado Gilmar Fabris. Todos os seis juizes-membros votaram pela perda do mandato. A juíza Maria Abadia Aguiar havia pedido vistas na sessão de ontem, o que provocou a suspensão do julgamento. O processo foi retomado nesta sexta.

A vaga de Fabris fica com Wagner Ramos, primeiro suplente da coligação PPS/PFL, que elegeu 10 deputados no pleito do ano passado. Fabris é acusado de ter usado Sandra Rosângela Soares da Silva, moradora de Poxoréo, para comprar votos. Ela ofereceu R$ 25 por voto em favor de Fabris, na campanha do ano passado. Sandra foi presa em sua casa. Na cozinha, dentro de uma caixa de isopor, foi encontrada uma caderneta contendo 99 nomes, números de títulos eleitorais e seções e alguns telefones. Para o MPE, a caderneta foi a prova de que o parlamentar cometeu crime eleitoral gravíssimo.

A cassação de Gilmar Fabris proporciona ao suplente Wagner Ramos, de Tangará da Serra, se efetivar na cadeira de deputado estadual. Ele já atua hoje na Assembléia em lugar de João Malheiros (PR), atual secretário-chefe da Casa Civil.

O relatório do juiz-membro do TRE, Antonio Horácio da Silva, foi contundente em defesa da cassação do mandato de Fabris por compra de votos na campanha de 2006.

Eis os juizes-membros que votaram pela cassação de Gilmar Fabris:

Antonio Horário da Silva

Maria Abadia Pereira de Souza Aguiar

Renato Cesar Vianna Gomes

Leônidas Duarte Monteiro

Alexandre Elias Filho.

Fabris sai de vez na próxima semana

A perda do mandato de Gilmar Fabris é de imediato, assim como aconteceu com o deputado federal Pedro Henry e com a estadual Chica Nunes, cassados na sessão nesta quinta. O TRE revela que deve demorar 3 dias úteis para publicar o acórdão. Em seguida, fará o comunicado à Mesa Diretora da Assembléia sobre a cassação de Fabris. Isso deve ocorrer na próxima semana. Depois, o suplente Wagner Ramos já se efetivará no cargo. Fabris já está licenciado, pela terceira vez. Dessa forma, nem precisa ir à Assembléia limpar as gavetas. Dará adeus à distância. Mesmo que seus advogados recorram ao TSE, não tem efeito suspensivo, ou seja, continua fora do cargo.

Satélite fica na 1ª suplência

A perda do mandato de Gilmar Fabris, que teve 20.057 votos, conduz o terceiro suplente Pedro Satélite, derrotado à reeleição no ano passado, à condição de primeiro suplente. Ocorre que Wagner Ramos agora se efetiva na vaga de Fabris e o segundo suplente Roberto França continua deputado não mais na cadeira do parlamentar cassado, mas de João Malheiros, que está licenciado. Dessa forma, Satélite, que teve 19.452 votos, fica na expectativa de um rodízio para voltar à Assembléia.




Fonte: RD News

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