<b>Na véspera da tragédia, TAM desviou Airbus de Congonhas para Cumbica</b>

O vôo JJ 3036, da TAM, que partiu de Joinville, em Santa Catarina, para São Paulo na manhã do dia 16 de julho foi redirecionado do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da Capital, para o de Cumbica, em Guarulhos, por determinação da empresa aérea. A informação foi dada por Marcelo Castro Magalhães e Émerson Alfeu Museneck, piloto e co-piloto, respectivamente, do Airbus A320 da TAM utilizado na operação desta linha aérea.

Ambos prestaram depoimento na tarde desta terça-feira (25) ao delegado Antônio Carlos Menezes Barboza, titular do 27º Distrito Policial, do Campo Belo, na Zona Sul de São Paulo, e que dirige o inquérito que investiga a tragédia do vôo JJ 3054, da TAM, em 17 de julho, em Congonhas. Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da empresa aérea disse que prestará mais esclarecimentos sobre a decisão de alterar o local do pouso posteriormente.

Marcelo contou que naquele mesmo dia (16) soube do incidente com um avião da Pantanal, que, logo após o pouso, deslizou e bruscamente virou derrapando, supostamente por excesso de chuva e ausência de grooving, ranhuras no asfalto para ajudar a escoar água, na pista de Congonhas.

Mas não soube dizer se teria sido por este motivo que a aeronave da TAM foi desviada para Guarulhos. Segundo ele, a determinação para alteração do local do pouso foi recebida diretamente da coordenação de vôo da TAM.

Além disso, o piloto relatou que em vôo posterior, no mesmo dia 16, pousou normalmente em Congonhas, sem qualquer problema. No dia 17, ele contou que encerrou as atividades por volta das 14h e que soube do acidente através de conhecidos.

Em seu depoimento, disse ainda que a pista do aeroporto sempre requer “cuidados especiais para pouso, em função de sua localização geográfica e, após a reforma, por se tratar de um tipo de asfalto escorregadio, principalmente em dias de chuva”.