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Educação/Vestibular
Terça - 18 de Setembro de 2007 às 22:46

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O ensino superior está cada vez mais acessível nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), mas o Brasil continua gastando pouco com seus estudantes, afirma o relatório anual da organização divulgado nesta terça-feira (18), e que ressalta que essa situação ainda se pode melhorar.

O desenvolvimento do ensino superior teve um "impacto positivo sobre as economias nacionais", segundo a OCDE, que tem 30 países membros uma outra categoria em que figuram seis parceiros, entre eles, o Brasil.

Em seu informe "Olhares sobre a Educação 2007", a organização constata que, dos 34 países avaliados, o Brasil é o que menos gasta por estudante: um valor médio anual, considerando-se os ensinos fundamental, médio e superior, de menos de 1.500 dólares. Os EUA, na outra ponta da lista, gastam mais de 12.000 dólares anualmente para seus estudantes em todos os níveis educacionais.

O Brasil também está entre os países com maior número de alunos por classe no ensino médio: mais de 30. Nesta categoria, os brasileiros têm números comparáveis aos japoneses, perdendo apenas para os coreanos. Em Luxemburgo, país com melhor índice, esse número cai quase pela metade, com pouco mais de 15 alunos por sala.

Em 22 de 29 deles e entre as "economias sócias", mais de 60% dos adultos concluíram pelo menos o ensino médio e 26% os estudos superiores universitários. "Desde 1995, o índice de conclusão dos estudos secundários aumentou em média 7% no conjunto dos Estados da OCDE que dispõem de dados comparáveis".

Diplomados

"O número de diplomados do ensino superior também está em alta", inclusive quando existem "grandes disparidades" entre os Estados (de 20 a 40% em uma determinada faixa de idade e para um determinado tipo de diploma universitário).

A proporção de jovens que terminam seus estudos superiores é de uma média de 32% entre os 25 e os 34 anos nos países da OCDE.

Os autores do estudo também se interessaram pelos gastos das instituições de ensino de todos os níveis, que constituem 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e que entre 1995 e 2004 aumentaram em média 42% nos países da OCDE.

"Segundo esses indicadores, todos os países podem melhorar os resultados do ensino em 22% mantendo seu nível de gastos atual", estima a organização que, em relação a este ponto, indica não ter ainda indicadores individualizados de cada Estado.

Os países da OCDE gastam em média 7.572 dólares por ano e aluno tanto no ensino básico quanto no superior.

"Há ainda margem para progressão porque sempre há uma demanda maior no mercado de trabalho de diplomados e universitários", afirmou à AFP Eric Charbonnier, analista do setor de Educação da OCDE.

A organização também constata, sem surpresas, que os filhos de famílias de operários têm menos oportunidades de chegar à universidade, embora o relatório mostre uma grande diferença neste tema entre cada país.

"Espanha e Irlanda são os países onde há maior igualdade de oportunidades de acesso ao ensino superior, enquanto que no outro extremo estão Alemanha, Áustria, França e Portugal, onde os jovens cujos pais exercem profissões manuais têm somente a metade de oportunidades de cursar o ensino superior do que permite supor sua proporção na população".

Segundo o informe, em 2005, mais de 2,7 milhões de estudantes do ensino superior se formaram fora de seu país de origem, uma tendência em progressão de 5% em relação a 2004.




Fonte: AFP

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