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Educação/Vestibular
Terça - 11 de Setembro de 2007 às 19:10

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A Secretaria Municipal de Educação em Bom Jesus do Araguaia (983 km a Nordeste do Estado) foi denunciada por improbidade administrativa no Ministério Público em função da dupla jornada de trabalho da secretária Luciria Rezende Fernandes Martins, acarretando em ausência nas dependências da pasta, usufruto dos recursos públicos sem responder pela administração e omissão da prestação de contas da Educação à população, prejudicando o andamento do setor no município.

Além da pasta, a secretária também trabalha como bancária no município de Barra do Garças, distante a 500 km de Bom Jesus do Araguaia. Em função dos dois empregos, a secretaria Municipal de Educação esteve abandonada entre março e julho deste ano, sem a delegação de nenhum responsável. Além da espera na resolução de pontuações administrativas, a pasta foi prejudicada perdendo convênios importantes de repasse dos recursos nas esferas estadual e federal relativos a merenda e ao transporte escolar em função da ausência da secretária.

No mesmo período, a secretária permaneceu recebendo como chefe da pasta e ainda foi contemplada com diárias durante o período em que se ausentou.

A percepção dos trâmites duvidosos teve início quando Luciria se negou a disponibilizar à subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep) a prestação de contas da folha de pagamento da educação para medidas de fiscalização e estudos para implantação do plano de carreiras e piso salarial aos servidores da Educação.

As denúncias foram, primeiramente, protocolizadas no dia 20 de agosto na Câmara Municipal de Vereadores, com anexos dos balancetes e comprovantes de diárias. Os representantes do legislativo municipal reprovaram o pedido de investigação por 6 votos a 2, com uma abstenção.

O sindicato recorreu então, no último dia 03 de setembro, à comarca de Ribeirão Cascalheira do Ministério Público. Depois disso, o sindicato teme por fortes represálias como se registra em conversas informais na cidade. “Todo mundo sabe disso, mas as pessoas têm medo”, revelou Nelmi Rodrigues Quixabeira, presidente da sub-sede do Sintep/MT no município.

Desde agosto, a secretária retomou as atividades, mas não justificou a ausência durante os cinco meses, mesmo respondendo pela pasta. O sindicato exige explicações e clama pela rápida investigação do Ministério Público no município.

O Sintep entende que a solução compreende na exoneração da secretária, comprovado o descaso junto ao setor na busca por melhorias na Educação em Bom Jesus do Araguaia. “Queremos a cassação da secretária”, disse.




Fonte: Assessoria

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