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Saúde
Domingo - 19 de Agosto de 2007 às 15:07

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O MT Hemocentro é uma unidade descentralizada da Secretaria de Estado de Saúde (Ses) responsável pela aplicação da política de gerenciamento dos estoques de hemocomponentes e hemoderivados de qualidade para atender a população, coordenando e auxiliando o poder público na execução da política estadual nas áreas de hemoterapia e hematologia em consonância com a política nacional. Pela gama de serviços prestados, com excelência de qualidade, o MT-Hemocentro alcançou o status de referencia nacional no tratamento de coagulopatias e hematologias.

“No cumprimento de suas atribuições o MT-Hemocentro vem oferecendo, aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), os serviços de atendimento a hemofilia, anemias falciformes, controle de tromboses, investigação de pacientes para descobrir outras doenças do sangue, como anemias e baixo número de plaquetas sanguíneas, além da atenção de qualidade a quem necessita de transfusão de sangue. O MT - Hemocentro é referência nacional, incluindo o atendimento à hemofilia”, disse a diretora geral do órgão, Eliana Rabane.

Com o objetivo de zelar pela qualidade dos estoques de sangue captados por meio de doadores voluntários e fidelizados o MT-Hemocentro realiza triagens, por meio de exame sorológicos, que garantem o máximo de segurança possível ao transfundir o sangue no paciente. Em 2006, por exemplo, o Hemocentro coletou 68.330 bolsas de sangue, em todo o Estado. Distribuiu 37.183 e realizou 883.189 exames relacionados a segurança do sangue. Até o final de 2006 o MT- Hemocentro registrou um total de 79.850 doadores de sangue, em todo o Mato Grosso. A equipe de profissionais do hemocentro conta com os serviços de médicos hematologistas, nutricionistas, enfermeiras e assistentes sociais.

“O objetivo de todo banco de sangue, como o MT- Hemocentro, é garantir a segurança do sangue captado, processá-lo e transfundi-lo no paciente que necessita dele. Não é objetivo do MT- Hemocentro, por exemplo, o diagnóstico de doenças por meio da triagem realizada”, destacou a diretora técnica do MT-Hemocentro, Carla Marques Rondon Campos. “Os exames realizados pelo MT-Hemocentro obedecem a regras de segurança, acurácia e sensibilidade preconizados pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), do Ministério da Saúde (MS), com resultados que fizeram do Centro uma referência em exames de sorologia para todo o Estado. Atualmente a triagem sorológica é feita em sangue doado para se detectar vírus de doenças como as hepatites B e C, doença de chagas, sífilis, HIV e HTLV”, ressaltou.

No caso do vírus HIV, por exemplo, são usados dois tipos de testes de ponta: o Elisa e o Western Blot, que podem produzir dois tipos de resultados: negativo ou positivo. “Muitas vezes fazemos outros tipos de exames cujos resultados não aparecem como positivo ou negativo, podendo aparecer como indeterminado. Como o MT-Hemocentro não realiza diagnóstico de doenças, quando ocorre um resultado positivo para determinada patologia virológica o doador é encaminhado a um médico do centro que lhe esclarece a respeito do resultado e o encaminha, no caso de resultado alterado, para realizar novos exames e acompanhamento em centros de referência”, enfatizou Carla Marques.

A Diretora-técnica informou que, nessa ocasião, o médico diz ao doador mais ou menos o seguinte: ‘O seu exame veio alterado para esta ou aquela patologia, mas isso não quer dizer que você tem a doença. Vamos te encaminhar para (menciona o local, de acordo com o vírus) onde você fará novos exames que indicarão o diagnóstico correto’.

A preocupação do MT-Hemocentro, ao buscar o máximo de segurança da qualidade do sangue transfundido, é com o paciente que busca os serviços do centro. “Ele é o elo fraco, o que precisa de atenção especializada e personalizada e é com ele que nos importamos, acima de tudo”, disse Carla Marques.

A diretora enfatizou, ainda, que o MT-Hemocentro depende de doações voluntárias para manter os estoques do banco de sangue constantes. “Por isso realizamos constantes campanhas para aumentar o número de doadores fidelizados. As pessoas que doam sangue devem sempre lembrar que salvam vidas e proporcionam melhor qualidade de vida cada vez que realizam uma doação. Pelo menos cinco vidas são salvas ou recebem melhor qualidade de vida cada vez que alguém doa sangue”, disse.

FALSO-POSITIVO – Carla Marques informou que a alta sensibilidade e acurácia dos equipamentos laboratoriais usados para realizar as triagens no sangue doado podem acabar produzindo um resultado polêmico que, na história dos bancos de sangue é conhecido como Falso-positivo. “Mas isso não quer dizer que houve erro por parte do Banco de Sangue ou do exame laboratorial. Objetiva, apenas, uma maior margem de segurança em produzir uma bolsa de sangue sem risco de causar contaminação com doenças infecciosas”, ressaltou.

No caso de algum exame sorológico do doador se mostrar positivo é realizado um segundo exame. Somente após este segundo exame confirmar o resultado do primeiro é que o doador será convocado, orientado por um médico e encaminhado a um centro de referencia. Por exemplo: se o exame vier alterado para HIV o paciente será encaminhado ao DST/Aids onde repetirá todos os exames novamente e, aí sim, terá o diagnóstico definitivo se é portador ou não de HIV.

Carla Marques disse que esse procedimento é orientado pela Portaria 488, de 17 de Junho de 1998, da Anvisa, que diz: “É obrigatória a coleta de uma segunda amostra e a repetição da Etapa I (o exame de nova amostra sanguínea) para confirmação da positividade da primeira amostra. Caso os resultados da testagem dessa segunda amostra sejam não reagentes ou indeterminados, deverão ser cumpridas todas as etapas dos procedimentos seqüenciados”.

A diretora citou, ainda, o livro “Hemoterapia: Fundamentos e Prática”, que diz, no capítulo sexto, página 569: “É preciso reiterar que falso positivo não é sinônimo de erro laboratorial e essa evidencia já foi exaustivamente analisada por nossos tribunais... resultados falso-positivos podem ser causas biológicas, tais como semelhanças entre micro-organismos, doenças auto-imunes, infecções por outros vírus ou uso de drogas endovenosas”.

Segundo a diretora técnica do MT-Hemocentro essas publicações mostram que o banco de sangue não pode ser responsabilizado judicialmente por ocorrências de resultados falso-positivos em testes realizados para tornar o sangue mais seguro para os que necessitam dele. “Isso porque o MT-Hemocentro, como todos os demais bancos de sangue do mundo, não emite diagnóstico de doenças em seus exames. Apenas atesta a qualidade do sangue, visando a proteção daquele que recebe a infusão sanguínea”.

RADIOSINOVIORTESE - Dentre os serviços em que o MT-Hemocentro vem recebendo reconhecimento nacional se destaca o protocolo de tratamento por rádio sinoviortese, que alivia as dores e o sangramento de hemofílicos.

O tratamento consiste na injeção de um composto radioativo nas juntas do tornozelo e joelho, numa seção de tempo inferior a um minuto, o que reduz em 80% a ocorrência de sangramento no paciente. O protocolo de tratamento está em andamento há três anos no MT Hemocentro e tem recebido reconhecimento nacional.

O tratamento está disponível apenas em países do 1º Mundo, como os Estados Unidos e o Canadá, Em todo o Brasil, apenas o MT Hemocentro tem oferecido o tratamento e, por isso, é procurado por 16 Estados, dentre os quais podem ser alistados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Paraná, Maranhão, Pernambuco, Ceará, Mato Grosso do Sul, Piauí, Amazonas.

DOAÇÃO DE SANGUE - O doador de sangue deverá ser voluntário, estar com boa saúde, bem alimentado e descansado. O interessado precisa pesar mais de 50 kg, ter entre 18 e 65 anos, evitar ingerir alimentos gordurosos durante o período de pelo menos quatro horas antes da doação, não apresentar nenhum tipo de doenças, inclusive gripe e resfriado, hepatite, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e não tenha feito nenhuma cirurgia num período anterior há um ano.

Doar sangue não engorda, não emagrece, não faz mal e as seringas são descartáveis. Cada bolsa salva em média de três a quatro vidas. E a doação também pode ser feita na sede do MT-Hemocentro, que fica na Rua 13 de Junho, nº. 1055, Centro da Capital, e no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), no horário das 7h30 às 17h30.

Todo doador voluntário recebe, em sua residência, os resultados dos exames realizados para a correta utilização do sangue. Os exames definem se o sangue da pessoa está livre de contaminação por vírus HIV, HTLV 1 e 2 (um primo da Aids sexualmente transmitido), do hepatite A,B e C, da doença de chagas, do sífilis e ainda recebe, de brinde, uma definição de sua tipagem sangüínea.





Fonte: O Documento

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