Ciclista morta fica presa em capô de carro por 4 km
A doméstica Maria Cristina dos Santos Ferreira, 38 anos, voltava de bicicleta para casa pela marginal da rodovia Eliezer Montenegro Magalhães (SP-563), por volta das 18h30 de ontem, quando foi atropelada.
A amiga que a acompanhava, Darlene Carla Fialho, 22 anos, disse que estava mais à frente, quando um veículo, não identificado, passou em alta velocidade, atropelou a colega de frente e depois fugiu. "Escutei um barulho e, quando olhei, vi só a bicicleta. Ela deve ter ficado presa no capô do carro", contou Darlene. As duas estavam na contra mão.
O corpo de Maria Cristina foi encontrado duas horas depois. Para a polícia, além de não prestar o socorro, o motorista, possivelmente com medo de ser descoberto, conduziu o carro por mais quatro quilômetros até encontrar um lugar deserto para deixar o corpo da doméstica.
"O que aconteceu é que, após o atropelamento, o corpo ficou preso entre o capô e o painel do carro e o motorista prosseguiu para deixar o corpo só alguns quilômetros depois", disse o delegado da 3ª Delegacia de Polícia, Humberto Magnani, que atendeu a ocorrência. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), onde o delegado Marcelo Cury informou que a polícia já tem pistas do motorista.
A doméstica foi sepultada por volta das 17h. No velório, familiares lamentavam a morte e tentavam entender o que tinha ocorrido. "Ela estava acertando um trabalho para hoje. Não entendemos como alguém possa atropelar uma pessoa, não socorrer e ainda levar o corpo por mais de quatro quilômetros de distância", questionou Simone Souza, cunhada de Maria Cristina.
Comentários