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Saúde
Segunda - 09 de Julho de 2007 às 08:38

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Cientistas britânicos identificaram um gene que, segundo eles, aumenta o risco da incidência de câncer no intestino em 20%.

Pesquisadores de Londres e de Edimburgo (na Escócia) localizaram o gene depois de analisar o DNA de mais de 30 mil pessoas - a metade sofria da doença.

Em artigo publicado na revista científica Nature Genetics, eles estimam que metade da população é portadora do gene defeituoso que é associado a um em cada dez casos de câncer do intestino.

Mas o risco elevado ainda é considerado pequeno demais para um teste genético.

No futuro, com a identificação de mais genes associados ao distúrbio, pode ser possível formular um teste para uma combinação de genes que identifiquem as pessoas mais expostas ao risco, melhorando prevenção e diagnóstico, dizem os pesquisadores.

Já se sabe que vários genes contribuem para o risco de câncer no intestino, mas eles são extremamente raros entre a população - causando menos de 5% dos casos de câncer no intestino a cada ano.

Análise de DNA

Malcolm Dunlop, da Universidade de Edimburgo e da Unidade de Genética Humana do Conselho para Pesquisa Médica, comparou o DNA de cerca de 8 mil pacientes com câncer no intestino da América do Norte, França e Escócia, ao DNA de cerca de 8 mil pessoas saudáveis.

Ao realizar uma análise de todo o genoma, a equipe localizou o gene que é defeituoso com mais freqüência entre pacientes com câncer no intestino do que em pessoas não portadoras da doença.

Um segundo estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer e do instituto de pesquisa de Londres da organização Cancer Research UK identificou o mesmo gene defeituoso depois de analisar o DNA de um número semelhante de pacientes e de pessoas saudáveis na Inglaterra.

Os cientistas descobriram recentemente que homens com a mesma característica genética têm um risco maior de desenvolver câncer de próstata.

"Estamos realizando uma análise ainda mais refinada do genoma para descobrir ainda mais genes ligados ao risco de câncer no intestino", disse Dunlop.

Segundo ele, ao identificar essas variações genéticas, os pesquisadores estarão mais capacitados para entender como essas mudanças podem levar ao câncer.

Ian Tomlinson, que chefiou o segundo estudo, disse que "este é um primeiro passo importante, mas nós ainda temos um longo caminho a percorrer até termos um quadro completo de todos os genes envolvidos na transmissão do risco de câncer no intestino".

Tomlinson acredita que no futuro poderá ser possível para os cientistas formularem tratamentos para impedir que pessoas com maior risco de câncer no intestino desenvolvam a doença.

A Cancer Research UK está lançando estudos semelhantes de genoma para câncer no pulmão e no ovário, e cientistas esperam descobrir mais sobre os genes ligados a estes tipos de câncer.

Harpal Kumar, diretor-executivo da Cancer Research UK, disse que esperar que "no futuro estudos como este com vários tipos de câncer ajudem as pessoas com risco elevado do desenvolvimento da doença através de programas de análise do DNA e de tratamento".





Fonte: BBC Brasil

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