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Saúde
Sábado - 20 de Abril de 2013 às 18:14
Por: CLÁUDIA COLLUCCI

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Durante dois anos, a dona de casa Maria Elisa Cavagna Rocha, 42, passou por três ortopedistas e recebeu indicação para operar a cervical.

 

No projeto de coluna do Einstein, descobriu que a razão da dor e da paralisia nas pernas era esclerose múltipla, e não hérnia de disco.

"Há dois anos, comecei a sentir dor forte na lombar e um amortecimento no dedão do pé. Fui a dois ortopedistas, que me indicaram fisioterapia e RPG. Fiz, mas não melhorou nada.

Marcelo Justo/Folhapress
Maria Elisa Cavagna Rocha, 42, em sua casa em São Paulo
Maria Elisa Cavagna Rocha, 42, em sua casa em São Paulo

Aí as pernas começaram também a amortecer. Fui a outro médico que, depois de analisar a ressonância magnética, disse que eu tinha hérnia de disco, mas que não era caso de cirurgia. Me deu mais fisioterapia e RPG.

Mas as coisas começaram a piorar muito. Minhas duas pernas começaram a travar. Fui a um terceiro médico e ele disse que eu tinha cinco hérnias de disco na cervical e precisaria operar com urgência e colocar dez parafusos.

Disse até para eu cortar o cabelo curto porque ele teria de raspá-lo um pouco atrás.

Foi uma loucura. Cheguei na consulta usando muletas e, um mês depois, já estava na cadeira de rodas, não conseguia fazer mais nada sozinha. Imagina a cabecinha da minha filha de dez anos vendo a mãe ficando paralítica.

O convênio me encaminhou para o hospital Albert Einstein para um segunda opinião. Meu médico disse que era uma espécie de perícia "pro forma". Ainda me orientou a insistir em operar com ele caso o hospital sugerisse para fazer a cirurgia lá.

Já na primeira consulta do grupo de coluna suspeitaram de um problema neurológico. Fui internada na hora e fiquei quatro dias fazendo exames, inclusive aquele que tira liquor da medula. Era esclerose múltipla.

Tenho uma lesão muito grande, mas não é na coluna, e sim na medula. Os médicos anteriores não perceberam isso. Se tivessem me operado, eu poderia ter ficado até paraplégica porque iam mexer na lesão da medula.

Comecei a tomar a medicação para esclerose múltipla e fazer fisioterapia para fortalecimento muscular. Ainda sinto falta de equilíbrio e fadiga, mas estou andando, cuidando da casa, levando uma vida quase normal."






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