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Educação/Vestibular
Quarta - 17 de Abril de 2013 às 17:12

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O estado de greve promovido por funcionários da Escola Estadual Coronel Ondino Rodrigues Lima de Ribeirão Cascalheira segue até o dia 24 de abril. A Comissão Especial, formada por 25 pessoas, para cobrar melhorias na infraestrutura da unidade, estabeleceu o prazo de 1 mês para que a reforma seja iniciada. Caso a reivindicação não seja atendida, pais, alunos, professores e representantes da cidade irão suspender as aulas. Desde 2011 um pavilhão inteiro, onde eram realizadas aulas, reunião de docentes, leitura e arquivados documentos, está inutilizado porque a estrutura está sem telhado.

 
 
Pedidos oficiais de respostas urgentes à condição precária da escola são feitas desde 2011 quando o telhado ameaçava cair. Uma reforma iniciou, mas paralisou e a queda de toda estrutura ocorreu ainda naquele ano. Em virtude da diminuição no número de vagas na escola e a precariedade que se encontra o restante das dependências do colégio, a sociedade resolveu protestar.

 
 
Desde o dia 26 de março funcionários, alunos, pais resolveram instalar o estado de greve. O “aviso” ao governo estadual sobre a situação da escola tem data para terminar e conta com apoio de toda comunidade. O Ministério Público por meio do promotor José Vicente presta apoio à causa e já realizou vistoria. A falta de estrutura elétrica adequada para instalação de ar-condicionado, forro e cobertura foram levantados pelo MP.

 
 
Materiais ainda gerados pela derrubada do telhado estão empilhados nos corredores e enferrujando no ambiente. Diante do cenário a estudante do 2° ano do Ensino Médio Pamela Estefane, 15, conta que durante as aulas as goteiras prejudicam os estudos nas salas e fios da rede elétrica expostos denotam o caos da única escola estadual pública da cidade.

 
 
São 860 alunos atendidos diretamente na unidade. Outros 200 estudantes matriculados na Escola Estadual Coronel Ondino Rodrigues Lima estão dispostos em 12 salas anexas na zona rural de Ribeirão Cascalheira.



 
A diretora Célia Machado diz que o momento é de manifestação e de pressão por medidas urgentes, pois todas as tentativas oficiais não tiveram efeitos nos últimos anos. Após a manifestação em uma passeata realizada na cidade dia 26 de março, a Comissão decidiu ir à Cuiabá falar com as autoridades e estabelecer o prazo.

 
 
Na última semana 12 pessoas da Comissão, incluindo 2 vereadores de Ribeirão Cascalheira, Aluizio Cuiabano (PDT) e Elizeu Parga (PDT), estiveram reunidas com o secretário de estado da Educação Ságuas Moraes. Em outra audiência os membros apresentaram a situação da escola ao vice-governador Francisco Daltro e aos deputados Eliene Lima e Airton Português.

 
 
Em ambas as reuniões a comunidade escolar não teve resposta imediata sobre prazos. “A gente passou a situação ao Ságuas e ele falou que dependerá da suplementação ao orçamento para depois fazer a licitação. Mas, há 30 anos estamos sem quadra esportiva na escola. Não podemos esperar”, diz a mãe e professora Cecília Oliveira Barros. Ao todo, 58 funcionários trabalham na unidade.

 
 
Para a direção do Sintep/MT, a Seduc não dispõe de um orçamento suficiente para atgender as demandas da rede pública estadual de Mato Grosso. “As coisas só não estão piores, porque o governo do estado está repassando para a rede municipal todo o atendimento dos anos iniciais do ensino fundamental, situação que é lucrativa para o governo do Estado. Em muitas cidades, o governo deveria estar construindo escolas, a exemplo de Várzea Grande e em muitas outras. Reformas são urgentes, mas a prioridade do Governo Silval Barbosa não é a educação, por isso as dificuldades de falta de recursos, tanto financeiros quanto de pessoal, tende se aprofundar, o que é lamentável para um estado com tanta riqueza, afirma Henrique Lopes Nascimento, presidente do Sintep/MT.





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