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Internacional
Domingo - 27 de Maio de 2007 às 09:45

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O exilado líder sírio da oposição, Farid Ghadry, fundador do Partido da Reforma, discursará em 11 de junho diante do Knesset (Parlamento) de Israel, informa hoje a imprensa israelense.

Segundo o jornal Ha'aretz, Ghadry foi convidado pelo deputado Yuval Steinitz, do partido de direita Likud e ex-presidente da Comissão Parlamentar para Assuntos de Segurança e do Exterior, perante a qual o líder sírio falará quando chegar a Jerusalém.

O exilado político, residente nos Estados Unidos, será o segundo cidadão da Síria a se apresentar na Knesset. O anterior foi Ibrahim Suleiman, empresário, que também vive nos EUA e que, ao contrário de Ghadry, diz ter boas relações com o presidente sírio, Bashar al-Assad.

Suleiman teve encontros particulares com o ex-diretor do Ministério de Assuntos Exteriores israelense Alon Liel, e expressou seu desejo de que Bashar retome as negociações de paz com Israel.

Ghadry, que fundou seu partido no exílio em 2003, manifestou-se, em declarações à rede de televisão "Al Jazira", a favor de uma invasão dos EUA à Síria. Apoiou também a ação do país no Iraque.

Ele reprova a presença do governo de Damasco no Líbano, sua cooperação com os palestinos e com a milícia islâmica do Hisbolá.

O convite a Ghadry foi formalizado seguindo uma iniciativa do presidente da Comissão Parlamentar para Assuntos de Segurança e do Exterior, Tzachi Hanegbi, para oferecer espaço a personalidades árabes.

No entanto, legisladores de esquerda a criticam como uma "manobra da direita" para resistir a Suleiman, que defendeu as ofertas de paz de Assad.

O Governo do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, rejeitou as tentativas do presidente sírio. Seu argumento é que, antes de retomar as negociações, interrompidas desde 1999, o governo sírio teria que deixar de acolher "organizações terroristas" palestinas e de apoiar a milícia xiita libanesa do Hisbolá.

Segundo notícias da imprensa israelense, a rejeição também foi fruto de pressões do Governo do presidente americano, George W.

Bush, que colocou a Síria entre os países do "eixo do mal".

No entanto, o jornal Ha'aretz informou, esta semana, que Washington cessou suas pressões.

Washington estaria condicionando a retomada das negociações a que as autoridades israelenses "não assumam compromissos sobre o que os EUA farão", e que se abstenham de tratar com os sírios assuntos relacionados ao Líbano.




Fonte: EFE

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