História dos bastidores do Diário de Classe", com mais de 600 mil seguidores, irá virar livro (Foto: Reprodução/Facebook)Aos 13 anos de idade, Isadora Faber, criadora do "Diário de Classe" irá contar sua história em um livro. O convite partiu de uma editora de São Paulo, que sugeriu apresentar os bastidores da página criada no Facebook e que tem como objetivo denunciar os problemas da escolaonde a adolescente estuda, em Florianópolis. O processo de redação do livro ainda está em fase de negociação, conforme a estudante. A garota aguarda o envio do roteiro da editora para começar a escrever. Ela acredita que o lançamento deve sair até o final deste ano. Conforme a assessoria de imprensa da editora Gutenberg, o livro está confirmado, mas ainda não há a previsão de datas. Além disso, confirma que a própria adolescente deve escrever a obra.
Com a publicação do livro, a jovem espera ter condições de contar sua história e estimular outras pessoas a também se engajarem na melhoria dos estabelecimentos de ensino. "Acho que vai ser bem legal, porque vou poder apresentar algumas questões que não pude colocar no Diário de Classe. Quero incentivar as pessoas a não terem medo de denunciar e buscar o que é direito nosso. Também quero que conheçam minha história", explica a estudante que hoje está no oitavo ano do Ensino Fundamental.
A página do Facebook "Diário de Classe", criada em julho de 2012, pouco depois de um mês, passou a ter repercussão nacional, conforme a estudante. Nesta quinta-feira (12), 612.131 pessoas seguiam a publicação. O exemplo de Isadora passou a ser referência para outros perfis semelhantes e, em fevereiro de 2013, ela entrou na lista do jornal inglês Financial Times que apresentou os 25 brasileiros que devem ser observados nos próximos meses. Ela foi incluída na categoria "social".
Em palestras, a estudante Isadora Faber contou aNo livro que começará a escrever em breve, a catarinense pretende contar os bastidores do "Diário de Classe". Desde a criação da página, a garota conseguiu importantes melhorias para a escola onde estuda em Florianópolis, além de participar de audiência com o Ministro da Educação e ser convidada a palestrar em eventos sobre mobilização social, internet e engajamento. Por outro lado, ela enfrentou agressões e uma série de problemas por causa das denúncias, atéameaça de morte, conforme a família da adolescente.
Segundo a mãe de Isadora, Diamela Faber, o objetivo é mostrar o outro lado, o que não foi publicado na rede social. "Processos, agressões, os bastidores, a experiência na participação de eventos e outros aspectos que não foram publicados em relação a outros processos, também devem estar presentes", destaca a mãe. Mel, como prefere ser chamada, avalia que em 2013, a situação melhorou para a estudante na escola que frequenta. "Hoje está mais amena, pelo menos por parte dos colegas, e está muito mais leve. Ano passado foi bem pesado, mas hoje posso te dizer que está bem melhor".
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