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Politica Brasil
Domingo - 29 de Abril de 2007 às 10:18

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O governador em exercício Silval Barbosa assumiu o "pepino" de, no comando do Estado, tentar contornar a crise entre Executivo e Legislativo por causa de projetos polêmicos e de acalmar os ânimos do seu partido, o PMDB, que pressiona por cargos. Até agora, com exceção do próprio vice Silval, o partido do cacique Carlos Bezerra não assumiu nenhuma secretaria, apesar das promessas do governador Blairo Maggi (PR).

Desmotivado neste segundo mandato, Maggi, maior produtor individual de soja do mundo, viajou para os Estados Unidos mais para cuidar de sua imagem, explorada internacionalmente como "destruidor de floresta". Enquanto isso, deixou sob Silval o compromisso de liderar as negociações políticas com deputados para que três projetos do Executivo referentes à carreira e a promoções de militares sejam aprovados sem emendas. Deputados da própria base contrapõem às mensagens. Só aceitam aprová-las com emendas.

Silval tem a missão também de levar a Assembléia a manter a derrubada do veto à proposta do deputado José Riva (PP), que insiste na fatia de 30% do Fundo Estadual de Transporte e Habitação para os municípios. Como Riva manda na maioria dos deputados, os orientou a peitar o governo.

A crise está estabelecida. O laço da unanimidade que o Executivo tinha na Assembléia até agora foi cortado, em que pese todos os 24 parlamentares afirmarem que são aliados. O processo de ruptura é liderado pelo PP e pelo DEM. Suas bancadas estão mais preocupadas com as próximas eleições.

O primeiro-secretário da Mesa Diretora, deputado José Riva, busca viabilizar projeto ao Senado e se distancia do governador por entender que este deverá ser seu adversário nas urnas de 2010. O DEM (ex-PFL)já trabalha o nome do senador Jaime Campos para a sucessão estadual e está convicto de que esse projeto só se consolidará por um bloco de oposição.

Silval está no olho do furacão. Como seu estilo é mais de conciliador, está sendo usado por Blairo Maggi para conter também a revolta do PMDB devido à exclusão dos cargos relevantes. Primeiro, Maggi anunciou o nome de seu vice para ser secretário de Educação. Tudo balão de ensaio. Foi uma forma de agradar momentaneamente o PMDB e, assim, obter trégua nas negociações políticas. Acabou dando a Seduc para o PT. De novo, para conter os peemedebistas, Maggi anunciou que o partido ficará com a Infra-Estrutura, provavelmente sob comando do próprio Silval, e com mais dois cargos de primeiro escalão.

No PMDB ninguém mais acredita das promessas do governador. "O Blairo tem que definir essa situação. Vamos aguardar ele chegar dos Estados Unidos. Ele ofereceu a Infra-Estrutura para o PMDB, mas toda hora a coisa muda. Não tem nada certo", afirmou o presidente regional da legenda peemedebista, deputado Carlos Bezerra.





Fonte: RD News

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