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Nacional
Terça - 03 de Abril de 2007 às 10:09

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Após a nova crise que atingiu o setor aéreo, o movimento é considerado normal nos principais aeroportos do país, na manhã desta terça-feira. Ainda são registrados atrasos, que atingiram, da 0h às 9h, 19 dos 444 vôos previstos (4,3%).

Nesta terça, representantes de controladores de tráfego aéreo deverão se reunir com o governo federal para discutir os pontos do acordo firmado na madrugada do último sábado (31) e que pôs fim à paralisação da categoria. O motim, que durou aproximadamente cinco horas, praticamente parou o espaço aéreo na noite de sexta e causou reflexos no fim de semana.

Ministério Público Militar apresentou um pedido de inquérito policial militar para investigar o motim dos controladores no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília. Cerca de 200 profissionais aderiram ao movimento. O movimento ganhou adesão de controladores de outras regiões do país.

O pedido foi encaminhado ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito. Se o comandante ratificar o pedido, os procuradores terão 40 dias para terminar a investigação.

Feriado prolongado

A associação que representa os controladores de tráfego aéreo militares descartou que a categoria volte a promover paralisações durante a Semana Santa. No fim de semana, o advogado Normando Cavalcanti afirmou que protestos poderiam voltar a ocorrer, caso o governo não cumpra com as bases do acordo.

No fim de semana, o advogado Normando Cavalcanti afirmou que protestos poderiam voltar a ocorrer, caso o governo não cumpra com as bases do acordo firmado na madrugada de sábado com a categoria --e que pôs fim à greve dos controladores.

Os controladores civis de tráfego aéreo decretaram estado de greve após assembléia realizada na noite de segunda-feira (2) no Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, no Rio. A decisão afeta controladores de todo o país. O estado de greve, na prática, significa que toda a categoria está mobilizada e que uma nova assembléia pode ser marcada sem os dez dias de antecedência que prevê seu estatuto.

Segundo o presidente do sindicato, Jorge Botelho, a perspectiva era a de que a categoria entrasse em greve, mas a situação mudou depois que os controladores militares paralisaram as atividades, na sexta.

Greve

Na noite da última sexta-feira, os controladores de tráfego aéreo paralisaram as atividades e interromperam as decolagens em praticamente todo o país. Aeroportos ficaram lotados e muitos passageiros dormiram nos terminais.

A greve chegou ao fim no início da madrugada de sábado, quando o governo cedeu às exigências da categoria. De acordo com a minuta de negociação, assinada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o governo fará a revisão de atos disciplinares --que incluem transferências e afastamentos--; assegura que os envolvidos no protesto desta sexta não serão punidos; abrirá um canal permanente de negociação com representantes da categoria para discutir a gradual desmilitarização; discutirá a remuneração dos controladores civis e militares, a partir desta terça-feira; e a desmilitarização do controle do tráfego.

Nesta segunda, no programa de rádio "Café com o Presidente", Lula classificou como irresponsável a greve dos controladores. "Eu acho muito grave o que aconteceu. Acho grave e acho irresponsabilidade pessoas que têm funções que são consideradas essenciais e funções delicadas [paralisarem as atividades], porque estão lidando com milhares de passageiros que estão sobrevoando o território nacional", afirmou o presidente.





Fonte: Folha Online

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