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Saúde
Quarta - 21 de Março de 2007 às 07:31

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Crianças e adolescentes que se curaram de leucemia aguda correm mais risco de desenvolver outra forma de câncer até 30 anos após o tratamento, revela uma pesquisa divulgada nesta terça-feira. A leucemia mieloblástica aguda é a forma de câncer do sangue mais comum entre os jovens (4 mil casos nos Estados Unidos a cada ano) e a que tem a maior taxa de cura (mais de 80%).

Até hoje, porém, eram limitados os conhecimentos sobre os casos de câncer em adultos que tinham se curado desta forma de leucemia mais de 15 anos antes. O estudo foi realizado por médicos do St. Jude's Children's Research Hospital, em Memphis, Tennessee, com 2.169 crianças e adolescentes tratados por uma leucemia mieloblástica entre 1962 e 1998.

Esses pacientes foram acompanhados, em média, durante 18,7 anos, disseram os médicos, cuja pesquisa aparece no Journal of the American Medical Association (Jama) de 21 de março. Os pesquisadores descobriram que, entre os 1.290 doentes que se curaram por completo, 123 (9,5%) desenvolveram depois um segundo câncer.

Esse tumor canceroso apareceu em 4,17% desses doentes 15 anos depois que se curaram da leucemia. O percentual chega a 5,37% passados 20 anos da remissão da doença e 10,85%, após 30 anos. "O aumento relativamente rápido da incidência de um segundo câncer 20 anos depois de uma remissão completa da leucemia aguda é atribuído ao desenvolvimento tardio de um tumor ligado ao cérebro e à medula espinhal", ressaltam os autores do estudo.

Esse tipo de tumor, que, no geral, é localizado, desenvolve-se muito lentamente. Se não se levar esse tumor em conta, a incidência de desenvolver um segundo câncer foi de 3,99% 15 anos depois da cura da leucemia e de 6,27%, 30 anos mais tarde. Em ambos os casos, representa um risco 13,5 vezes maior do que no restante da população.





Fonte: AFP

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