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Esportes
Terça - 20 de Março de 2007 às 03:34

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Os dois gols que faltam para Romário chegar ao milésimo, segundo suas próprias contas, transformaram o confronto de amanhã contra o Gama, pela Copa do Brasil, em Brasília, em mero detalhe para o Vasco. A festa pelo feito histórico está toda programada para o domingo, no Maracanã, quando os vascaínos enfrentarão o arquiinimigo Flamengo, pela Taça Rio (segundo turno do Campeonato Carioca). Nas ruas, o sentimento é de apoio ao artilheiro, mas também de gozação. E, na Gávea, o assunto foi proibido.

Romário tem se esforçado para chegar logo ao feito. Ontem, ele surpreendeu e apareceu para treinar em São Januário, quebrando a rotina das semanas anteriores, quando reservou o dia para trabalhos de regeneração física no condomínio onde mora, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).

Sem esconder o desejo de marcar contra o rival, Romário afirmou que vai a Brasília para ficar no banco de reservas e, quanto a marcar gols, o artilheiro só deverá entrar em campo em caso de uma cobrança de pênalti.

Na capital federal, Romário terá um outro compromisso importante: aproveitar o dia para participar, no Senado, da cerimônia pelo dia Mundial de Síndrome de Down. A filha caçula do artilheiro, Ivy, de dois anos, nasceu com a alteração genética.

"Fazer gol é especial em qualquer situação. E fazer o gol mil em um clube de tradição como o Flamengo é uma honra e orgulho, se isso acontecer. Vou ficar feliz e tenho a certeza de que toda a família rubro-negra também vai ficar", afirmou Romário. "Como profissional e com a minha história, acho que até para o mundo, fazer o milésimo gol no mesmo campo em que Pelé fez o seu é orgulho para todos."

Pelas ruas do Rio, o assunto é uma constante entre os amantes do futebol. Os torcedores vascaínos debocham dos rubro-negros assegurando que o Flamengo entrará para a história como o clube que levou o gol mil de Romário. Já os flamenguistas, apoiado por tricolores e botafoguenses, ironizam a contagem feita pelo artilheiro, que computou até gols marcados pela categoria infantil do Olaria, onde iniciou a carreira.

O goleiro Bruno, do Flamengo, afirmou não querer nem saber de levar o milésimo gol de Romário. O jogador tem a intenção de entrar para a história como aquele que impediu o artilheiro de chegar ao feito. Na Gávea, o assunto foi proibido hoje pelo vice-presidente de Futebol, Kléber Leite, que quer o time concentrado para a confronto de amanhã, contra o Paraná, pela Libertadores.

Alheio aos comentários, Romário segue com a língua afiada. Lembrou dos críticos que há muito pedem pelo término de sua carreira e pediu a todos, neste momento, união na celebração do feito. "Estou vivendo um grande momento e há alguns anos já era para ter parado, principalmente para alguns que achavam que eu já tinha morrido", disse Romário.

"Acho que é o momento de todo mundo abraçar uma causa legal, vamos começar a pensar positivo que vai ser importante não só para mim, mas também para o Brasil que terá o segundo jogador da história a atingir os mil gols. E isso é importante para todo mundo até pelo momento que a gente está vivendo, cheio de violência e insegurança", disse o atacante.





Fonte: AE

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