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Saúde
Sábado - 03 de Março de 2007 às 08:02
Por: Jocelaine Simão

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Os tangaraenses não estão cooperando com o Setor de Endemias no controle da Dengue. Quem afirma é o supervisor geral do Bloqueio, Edgar Santos Brandão. Ele reclama que a população não recebe os agentes de saúde ambiental. “O problema da Dengue é um problema de Saúde Pública, pois os criadouros estão dentro das casas da população, não importando a classe social”, declara Brandão.

Edgar ressalta que a única medida que funciona contra a Dengue é a prevenção. Assim, evite deixar água limpa parada, pois é nesse local que o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, irá se reproduzir. O período de chuvas é a época de procriação desses insetos, portanto, é quando há maior risco. “Os agentes estão realizando um serviço público, orientando a comunidade e vistoriando as residências para que não haja criadouros dos mosquitos”.

Segundo ele, o momento é de intensificar a ação contra o mosquito da dengue para evitar uma possível epidemia. "Não há uma epidemia no município, mas o aumento de casos é preocupante. Podemos acender o sinal de alerta", disse o supervisor. Ele acrescentou que continuam sendo realizadas na cidade as atividades de uma força-tarefa, ou seja, mutirão na região central da cidade e no bairro Santa Terezinha, principais locais onde foram localizados focos do mosquito Aedes Aegypit.

Brandão não esconde sua preocupação com o descasso por parte de alguns moradores. “A comunidade está orientada sobre os cuidados que deve adotar para evitar a proliferação e os perigos, no entanto, os casos continuam aumentando e os agentes encontrando dificuldades para fazer as vistorias nas residências, onde há maior concentração dos focos do mosquito”, declara.

Na última quinta-feira, 1, os agentes aplicaram o fumacê em nove quarteirões nas proximidades do Bairro Jardim do Lago, em razão de um registro de dengue em uma residência. Segundo a coordenadora do Setor de Endemias, Maria do Carmo de Lima, até agora, em Tangará da Serra, ou seja, nos meses de janeiro e fevereiro já foram registrados 260 casos de dengue. Diante da incidência de focos em Tangará, ela afirma que será agilizada uma campanha de conscientização. “Os cuidados devem ser intensificados nas residências e terrenos, especialmente na época do verão, quando o calor propicia o rápido desenvolvimento das larvas e a proliferação dos insetos”, ressalta Maria do Carmo.

As principais medidas que devem ser tomadas são evitar o acúmulo de água parada em poças, garrafas, pneus e vasos de plantas. As caixas d’água também devem ser mantidas fechadas. “Vamos combater o mosquito da dengue. A dengue pode matar”, alerta.

Ela informa que os agentes percorrem o município no combate ao mosquito. Segundo a coordenadora, o setor de endemias conta com 40 funcionários, destes 36 circulam diariamente para fazer o combate. Quinzenalmente, dezenas de pontos estratégicos considerados possíveis focos de disseminação do mosquito são vistoriados. Cemitérios, borracharias e oficinas mecânicas recebem as agentes que organizam as visitas a fim de eliminar os locais tidos como hospedeiros. “Moradores que tiverem alguma suspeita de foco de criação do mosquito devem recolher uma amostra da água e levar até o Setor de Endemias para o trabalho de reconhecimento para a posterior eliminação”.

Ela frisa que a população tem papel fundamental no combate e prevenção à doença. “As pessoas não gostam dessas visitas, mas são necessárias, pois são lugares passíveis de criação do mosquito da Dengue. O mosquito se prolifera em água limpa, por isso a prevenção é importantíssima”.

A DOENÇA E O MOSQUITO - A Dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos, e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. O vírus causador dessa moléstia possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. No Brasil já existe a circulação do tipo DEN-4.

Existem duas formas de Dengue: a clássica e a hemorrágica. A clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e conseqüências como a morte. Métodos de Prevenção

A melhor maneira de acabar com a Dengue é tomar pequenos cuidados todos os dias, afinal, os ovos do mosquito continuam vivos até por um ano. Algumas dicas:

Não deixar água se acumular em recipientes como vasos, calhas, pneus, cacos de vidro, latas, entre outros;

Manter fechadas as caixas d’água, poços e cisternas;

Não cultivar plantas em vasos com água. Usar terra ou areia, nesses casos;

Tratar as piscinas com cloro e fazer a limpeza constante. O ideal é deixá-las cobertas ou vazias, quando não for usar por um longo período;

Manter as calhas limpas e desentupidas;

Avisar um agente público de saúde do município caso exista alguma situação onde há o risco de proliferação da doença.





Fonte: Diário da Serra

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