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Meio Ambiente
Sábado - 17 de Fevereiro de 2007 às 03:56

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Um pequeno implante elétrico sobre a retina ligado a uma câmera acoplada a óculos traz a esperança de recuperar parte da visão para milhões de pessoas que se tornam progressivamente cegas por uma degeneração macular ligada à idade. O anúncio foi feito por pesquisadores nesta quinta-feira.

O implante passou por um primeiro teste clínico com um pequeno número de pacientes. Ele pertence a uma nova geração de próteses "inteligentes", ligadas ao sistema nervoso, que tentam restabelecer o contato com o cérebro e restaurar o uso de um órgão ou de um membro destruído por doença ou por acidente, explicou o doutor Mark Humayun, do Instituto de Olhos da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia do Sul.

A FDA, agência americana que regula os alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, aprovou recentemente a realização do teste clínico para essa prótese, batizada de Argus II Retinal Prosthesis System, informou o especialista à margem da conferência anual da Associação Americana para a Promoção da Ciência, que ocorre em São Francisco, até o dia 19 de fevereiro.

A retina artificial permite substituir as células fotorreceptoras da luz destruídas e transmitir as imagens captadas no centro da vista para o cérebro. "A primeira fase do desenvolvimento dessa prótese começou em 2002 e nós a implantamos em seis pacientes no primeiro teste clínico", explicou o oftalmologista. "Constatamos que as pessoas podiam detectar a luz ou mesmo distingüir objetos como uma xícara ou um prato", acrescentou.

A primeira geração de implantes de retina continha 16 eletrodos. O Argus 2 tem 60 e seu tamanho é um quarto do da primeira prótese, permitindo uma intervenção cirúrgica mais simples, ressaltou o médico. As próteses se baseiam no mesmo princípio de estimulação elétrica para restabelecer o contato com o cérebro que já é utilizado para restaurar a audição.





Fonte: AFP

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