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Educação/Vestibular
Domingo - 21 de Janeiro de 2007 às 13:34
Por: João Carlos M. Caldeira

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Se o ar é tão importante para nossa sobrevivência, por que o ignoramos e nem percebemos sua existência? Se a educação é tão importante como todos de forma unânime afirmam, por que não conseguimos transforma-la em prioridade nacional? Nas páginas amarelas da revista Veja desta semana, o economista Armínio Fraga comenta sobre o assunto e diz que a prioridade do Brasil, para crescer e se desenvolver, deve ser em 1º lugar a educação, em 2º a educação e em 3º (é claro) educação.

Países como a China e a Índia, as grandes estrelas do crescimento e desenvolvimento mundial, investem cerca de um terço do Produto Interno Bruto-PIB em educação, pesquisa e tecnologia.

A economia da China cresce há vários anos a taxas superiores a 10% ao ano e quer mudar definitivamente (até que enfim!), sua imagem de centro mundial da pirataria e das cópias de má qualidade. Está conseguindo, já é um dos maiores celeiros mundiais de mão-de-obra qualificada (educação, educação, educação).

Até o ano 2020, segundo os analistas econômicos internacionais, a Índia será a 3ª maior economia do mundo. É referência em novas tecnologias. Dentre as 500 maiores empresas do mundo, cerca de 150 delas possuem instalações de pesquisa e desenvolvimento de produtos no país. Detalhe: só perdem para os Estados Unidos em investimento na educação.

Todo gestor público em início de mandato seja ele prefeito, governador ou presidente, inclui entre suas prioridades os investimentos em educação, mas raramente consegue cumprir suas promessas.

Pergunte a qualquer político brasileiro sobre o tema e todos (ao menos todos que no mínimo tenham cursado o 2º grau) terão brilhantes idéias, planos e sugestões para melhorar o ensino e a pesquisa no país; Alguém então pode me responder a minha pergunta inicial: se todos sabemos da sua importância vital para o cidadão; se todos entendemos que a educação é prioridade absoluta em todos os lugares; se todos temos idéias e sugestões de como melhora-la, por que não o fazemos? O que está errado? Onde estamos falhando? Felizmente aqui em Mato Grosso, estamos iniciando o ano com algumas boas e alentadoras noticiais: a UFMT promete dobrar o número de vagas no curso de Medicina e seu curso de Direito foi o único que recebeu o selo de qualidade da OAB. Além disso, o campus de Cuiabá é um canteiro de obras e 11 novos cursos foram ofertados no interior.

Outra boa notícia é que cerca de 130 alunos do Cursinho Preparatório da prefeitura de Cuiabá (brilhante projeto e iniciativa do educador e prefeito Wilson Santos), foram aprovados nos vestibulares da UFMT e UNEMAT, com um índice de 15,5% de aprovação (maior que os candidatos ao exame da OAB). Só não é maior porque 40% dos alunos que freqüentaram o Cursinho, não tiveram dinheiro para se quer, se inscreverem no vestibular.

Enquanto todos nós brasileiros, pais, empresários, educadores e políticos, não entendermos que a educação é como o ar que respiramos, seremos fortes candidatos ao submundo da violência e da miséria mundial.

João Carlos M. Caldeira Empresário, jornalista e professor universitário.





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