<b>O Secretário-geral e prefeito Zeno é o primeiro a abandonar PPS</b>

O secretário-geral do PPS e prefeito de Rosário Oeste, Zeno Gonçalves, disse ontem que irá acompanhar o governador Blairo Maggi e não permanecerá no partido. "Na próxima semana vou me desfiliar do PPS", informou. "Apoiei o governador em duas eleições e, portanto, me considero do seu grupo".

Zeno Gonçalves explicou que não existe nenhuma possibilidade de continuar no PPS, especialmente em razão da exigência do nacional da agremiação ser oposição ao governo Maggi. "Sou da base aliada do governo e está descartada qualquer hipótese de ser oposição", enfatizou, lamentando que o presidente regional do partido e deputado estadual eleito, Percival Muniz, não tenha ainda reunido a executiva para discutir o assunto.

"Até hoje não sabemos qual é a posição oficial do PPS sobre a desfiliação do governador Blairo Maggi", enfatizou. Independente disso, Zeno Gonçalves anunciou que, a partir deste final de semana, irá manter contato com outros prefeitos da legenda para discutir a saída em bloco.

Para ele, a maioria absoluta do prefeitos irá deixar o PPS e seguir com Maggi para outra agremiação. "Não tenho dúvida de que a grande maioria, senão todos, vão acompanhar o governador", destacou. O secretário-geral disse que irá fazer um trabalho junto aos prefeitos para que nenhum deles permaneça na agremiação.

"Vou convidá-los para sair do PPS e para marcharmos junto com o governador". Zeno observou que a maioria dos chefes dos executivos municipais, inclusive ele, apoiaram, no segundo turno das eleições presidenciais, o presidente Lula a pedido de Maggi.

Por isso, na sua opinião, a possibilidade de quase todos prefeitos deixar o PPS é muito grande, além do que a maioria vai querer continuar na base do governo. "Não vejo nenhum prefeito na oposição ao executivo estadual".

Apesar de não poder ser mais candidato a reeleição, Zeno ponderou que é importante, para um grande número de prefeitos, fazer logo a opção partidária, pensando nas eleições municipais de 2008. "Se sair agora, haverá tempo de construir uma base partidária, o que não acontecerá se for na última hora", advertiu.