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Domingo - 31 de Dezembro de 2006 às 15:57

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Equipes de resgate trabalham neste domingo para encontrar duas pessoas desaparecidas após a explosão de um carro-bomba em um aeroporto de Madri.

O atentado foi creditado ao grupo ETA (Euskadi Ta Askatasuna, ou Pátria Basca e Liberdade --grupo terrorista e separatista que luta pela independência da região basca), e se comprovada esta origem, marca a violação de um cessar-fogo que o grupo descreveu como permanente há nove meses.

As equipes estão usando maquinário pesado para remover toneladas de concreto e metal no estacionamento de cinco andares do aeroporto internacional de Madri, segundo Javier Ayuso, porta-voz do serviço de emergência da capital espanhola. A garagem ficou destruída pela explosão de ontem.

Ayuso afirmou que poderá demorar dois dias até que as equipes consigam chegar até o ponto onde a van carregada de explosivos foi detonada.

Feridos

O atentado deixou 26 pessoas feridas e levou o governo da Espanha a suspender planos para negociar com o ETA depois que o cessar-fogo foi declarado. A trégua foi vista como a melhor chance em quase uma década para acabar com os cerca de 40 anos de conflitos na região basca da Espanha.

Dois equatorianos, que supostamente dormiam em carros separados no interior do estacionamento no momento da explosão, continuam desaparecidos. Eles foram identificados como Carlos Alonso Palate e Diego Armando Estacio.

O ETA e seus aliados políticos alertam há meses que o processo de paz está seriamente comprometido pela recusa do governo em fazer concessões para retribuir o cessar-fogo do grupo.

Mas o que chocou as autoridades e os espanhóis foi a ausência de um comunicado. No passado, quando o ETA encerrou acordos de cessar-fogo (em 1989 e 1998), ele anunciou a suspensão antes de retomar os ataques.

Não houve anunciado formal antes da explosão, mas uma pessoa que se identificou como membro do ETA telefonou para autoridades e avisou que um carro-bomba explodiria no aeroporto.

Morte

Se os dois equatorianos forem encontrados mortos nos destroços da explosão, será o primeiro ataque fatal creditado ao ETA em mais de três anos. Em maio de 2003, um carro-bomba matou dois policiais perto da cidade de Sanguesa.

Antes do último cessar-fogo, o ETA mantinha relativamente pequenos ataques, explodindo prédios vazios ou áreas desabitadas, aparentemente num esforço para evitar vítimas humanas.

O ETA foi inicialmente acusado pelos atentados de 2004 nos trens de Madri por supostos terroristas islâmicos que mataram 191 pessoas e feriram mais de 1.500, mas mais tarde o governo negou a acusação. O ataque causou tal horror ao terrorismo na Espanha que outro ataque fatal do ETA era considerado impensável.





Fonte: Folha Online

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