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Saúde
Quarta - 27 de Dezembro de 2006 às 08:00

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O medicamento mais usado contra a osteoporose protegeu a maioria das mulheres durante cinco anos após a suspensão do uso, indicando que as pacientes podem fazer pausas sem perderem os benefícios, segundo um estudo financiado pelo fabricante.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia acompanharam 1.099 idosas que tomavam o medicamento alendronato, comercializado pela Merck sob a marca Fosamax para combater a osteoporose, doença que deixa os ossos frágeis e suscetíveis a fraturas.

Algumas pacientes tomaram o remédio por dez anos, enquanto outras o consumiram por cinco, com um placebo nos cinco anos seguintes.

O estudo, na edição da Revista da Associação Médica Americana (Jama) que saiu na terça-feira, diz que as mulheres que tomaram o remédio por cinco anos mantiveram uma moderada perda de densidade óssea em comparação às pacientes tratadas por uma década. Quanto à taxa de fraturas, praticamente não houve diferença entre os dois grupos.

A exceção foram as fraturas de coluna, cujo risco se mostrou substancialmente maior entre as mulheres que descontinuaram o uso após cinco anos. Por isso, segundo os pesquisadores, pacientes sob maior risco de fratura de coluna ¿ que já as sofreram, por exemplo ¿ deveriam continuar com o medicamento.

"A principal mensagem é que se você começa esta terapia contra a osteoporose em particular não é necessário tomá-la para sempre. É possível tomar por um tempo, aí parar, tomar de novo e parar", disse Dennis Black, que comandou a pesquisa.

"É uma boa notícia para as pacientes, porque significa que elas não estão se comprometendo com comprimidos para a vida inteira, em termos de inconveniência e custos, e que ainda assim vão receber alguns dos benefícios."

Milhões de mulheres em todo o mundo tomam alendronato depois da menopausa para prevenir fraturas. Mas os médicos ainda não sabiam da sua eficácia e segurança em longo prazo.

Black disse que havia preocupação de que o consumo do alendronato em longo prazo poderia começar a enfraquecer os ossos, mas que não houve sinais disso na pesquisa. "Uma mulher que não tenha um histórico de fraturas e tenha uma densidade óssea apenas moderadamente baixa pode ser candidata a parar a terapia por um tempo", disse Black.





Fonte: Reuters

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