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Politica Brasil
Terça - 05 de Dezembro de 2006 às 11:25

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São Paulo - O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, candidato derrotado da coligação PSDB/PFL à Presidência da República, criticou a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de formar um governo de coalizão no seu segundo mandato. Em entrevista à Rádio CBN, Alckmin opinou que, na verdade, está sendo costurada apenas uma divisão de cargos, sem um projeto de desenvolvimento para o País.

"O que a gente verifica é que não há um projeto, o que está havendo é uma divisão de cargos. Qual é o projeto sobre o qual está se fazendo essa aliança? Ninguém sabe", questionou o tucano. "Eu vejo com muito cuidado. No fim do ano que vem, vai acabar a CPMF, que representa R$ 30 bilhões para o governo federal. E acaba também a DRU. O governo está querendo montar maioria não é para aprovar reformas estruturantes, é para empurrar para frente a CPMF e a DRU, que era também provisória", considerou.

Geraldo Alckmin destacou ainda o papel do PSDB na oposição. Ele garantiu que o partido vai votar as reformas que forem de interesse do País. "Na democracia, quem ganha tem que governar e governar bem. Quem perde, vai para a oposição. É tão patriótico ser governo quanto ser oposição. A oposição fiscaliza, critica o que está errado, propõe alternativas e se prepara para ganhar a próxima eleição. Essa é a lógica do processo democrático", analisou. "As reformas que forem de interesse do País, nós vamos votar. Nós já votamos a reforma da Previdência, no primeiro mandato de Lula. Sem os votos da oposição, ela não teria sido aprovada", lembrou.

Por outro lado, o ex-governador negou que o PSDB precise passar por uma reformulação. Segundo ele, o que o partido precisa é de mais solidariedade. "A discussão programática é sempre necessária porque o mundo em que nós vivemos é muito rápido, as mudanças são muito velozes. Porém, acho que a questão programática não é essencial", avaliou.

Indagado se acredita que é possível fazer o Brasil crescer a uma taxa de 5% do PIB, como propõe o governo Lula, o tucano respondeu que isso vai depender muito do cenário internacional. Ele entende que o País pode crescer muito mais do que isso desde que aconteçam as reformas tributária, política e trabalhista. Pregou ainda que o governo reduza gastos e melhore a questão fiscal.





Fonte: Agência de Notícias

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