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Educação/Vestibular
Sexta - 15 de Março de 2013 às 00:33

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A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, Maria Lúcia Cavali Neder não compareceu à audiência pública promovida pelos estudantes, na tarde de ontem, para debater sobre o fechamento de 5 casas de estudantes alugadas pela instituição nos arredores da universidade. Por esse motivo, o prédio da reitoria segue ocupado caminhando para o 9º dia consecutivo de ocupação. Os estudantes que estão se revezando em grupos entre 50 até 80 pessoas para dormir no local, continuam com a postura de não desocuparem o local até terem as reivindicações atendidas.

A audiência interna, organizada pelos líderes estudantis e amplamente divulgada pelas redes sociais, aconteceu no auditório do bloco de saúde e contou com a participação de dezenas de universitários, além professores e representantes de movimentos sindicais como a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) e outras entidades. Maior parte dos presentes eram representantes do Movimento de Casa do Estudante, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e moradores das 5 casas que serão entregues no dia 22 deste mês, pois os contratos não foram renovados

Conselheiro de moradia e presidente da Associação de Pós-graduandos da UFMT, Caiubi Kuhn, explica que foram debatidos entre os presentes informações divulgadas pela universidade como quantidade de vagas oferecidas nas casas e também de bolsas e auxilio-moradia, bem como os valores dos benefícios que são contestados pelos universitários. Eles argumentaram que as informações publicadas pela UFMT não condizem com a realidade “Chega a ser triste sermos ignorados pela reitora. É fácil ela dizer na mídia que está dialogando conosco e buscando solução para o problema, mas vir para o debate e responder as questionamentos nossos e dos professores, ela não quer”, lamentou Caiubi que é formado em Geologia e mestrando em Geociências.

Ele conta que audiência foi o canal para esclarecer dúvidas, mostrar e questionar dados. “Se os argumentos da reitora fossem condizentes com a realidade ela teria participado da discussão. Parte da imprensa estava aqui presente e com certeza iria ouvi-la e também registrar o que ela responderia sobre nossos questionamentos. É lamentável, porque nem sempre temos um debate aberto aqui dentro. Não queremos ficar conversando através da mídia, precisamos de um debate frente a frente com a reitoria, mas infelizmente isso está difícil”, pontuou o jovem afirmando que a ocupação da reitoria seguirá por tempo indeterminado.

Ainda sobre o assunto, os estudantes continuam usando o Facebook para expor suas ideias e motivos pela adesão ao movimento estudantil. “Reitero que essa briga não é só pela minha vaga, apesar de que após o dia 22 deste mês não sei ainda onde morarei, não sei qual vai ser o lugar que chamarei de casa; também não estou brigando para morar em uma mansão e para receber 1200 reais por mês que como disse antes são mentiras veiculadas pelo poder autoritário da atual gestão da reitoria desta universidade (quem quiser comprovar é só me procurar e mostrarei a minha casa e as condições em que ela se encontra, além do meu extrato bancário se for necessário), postou o acadêmico Bruno Henrique, em sua página.

A estudante de Geografia, Gláucia Oliveira da Silva publicou uma foto com a seguinte mensagem: “A casa do campus mal foi inaugurada e já está caindo aos pedaços...Pessoal da imprensa, tome cuidado quando for lá naquela casa porque algumas coisas estão sendo instaladas agora, pra tentar maquiar as deficiências da casa”m comentou”.

A ausência da reitora Maria Lúcia Cavali Neder na audiência, segundo a assessoria de imprensa da UFMT, foi justificada por ela através de e-mail aos organizadores do evento. Ela esteve cumprindo agenda de compromissos com o Ministério da Educação (MEC), em Brasília e segundo a assessoria, já havia avisado antes, que não poderia estar presente para dialogar com os universitários.






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