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Saúde
Sexta - 01 de Dezembro de 2006 às 10:15

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Em mensagem no Dia Mundial da aids, que neste ano tem como tema a Responsabilização, o diretor-geral da OMS, Anders Nordstrom, disse que combater a epidemia continua sendo um dos maiores desafios sanitários mundiais.

Só 1,6 milhão de pessoas recebem terapias adequadas, o que significa apenas 24 por cento do total de pessoas que precisariam desses recursos, segundo o último relatório conjunto da OMS e da Unaids (programa da ONU para o combate à doença).

"Temos um longo caminho a percorrer no fornecimento de remédios aos que necessitam", disse Nordstrom. "A vigilância contra o HIV vírus que causa a aids continua fraca em quase todas as regiões, particularmente entre grupos marginalizados", disse. "Os que correm maior risco ¿ homens que fazem sexo com homens, trabalhadores sexuais e usuários de drogas injetáveis ¿ não estão sendo atingidos de forma confiável pelas estratégias de prevenção e tratamento do HIV", afirmou.

De acordo com ele, as pessoas com esses comportamentos de risco muitas vezes não sabem se proteger ou não têm acesso a preservativos, agulhas e seringas. "Mesmo em países onde a epidemia tem um altíssimo impacto, como Suazilândia e África do Sul, uma grande proporção da população não acredita estar sob risco", acrescentou.

Há quase 40 milhões de adultos e crianças contaminados pelo HIV no mundo, e a doença cresce em todas as regiões do mundo, especialmente no leste da Ásia e na região formada por Europa Orienta/Ásia Central, de acordo com o último relatório das agências da ONU.

Louise Arbour, alta comissária da ONU para Direitos Humanos, lembrou os governos sobre seu dever de ampliar o acesso de todos os doentes aos medicamentos anti-retrovirais, sem discriminação.

"Isso significa responsabilizar os governos por obrigações de efeito imediato, por exemplo, onde o processo de ampliação do acesso aos medicamentos discrimine contra certos grupos, como as crianças, os envolvidos na venda de serviços sexuais ou os usuários de drogas injetáveis", disse Arbour em nota.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse que a aids se tornou o maior desafio de toda uma geração, mas que o mundo passou tempo demais negando a epidemia, que surgiu há 25 anos. "A responsabilização - tema deste Dia Mundial da aids - exige de cada presidente e primeiro-ministro, de cada parlamentar e político, que decida e declare que 'comigo a aids pára'", afirmou.





Fonte: Terra

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