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Educação/Vestibular
Quarta - 29 de Novembro de 2006 às 08:18

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UFMT

O quinto curso realizado em parceria pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp), começou ontem, 28/11, no campus de Cuiabá, concretizando a inclusão das duas instituições em uma rede nacional de formação no nível de pós-graduação nessa área. Trata-se da Especialização em Políticas de Segurança Pública e Direitos Humanos, oferecida no âmbito da Rede Nacional de Especialização em Segurança Pública (Renaesp), criada pelo Ministério da Justiça, que reúne, em convênio, 22 universidades, das quais, 14 públicas. O investimento, da ordem de R$ 147 mil, vem da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).O curso tem duração de 12 meses.

Esse aspecto foi evidenciado pela secretária Adjunta da Sejusp, Thaís Camarinho, na aula inaugural, quando, também, afirmou que essa parceria permite avanços na linha da polícia cidadã, na promoção dos direitos humanos e na valorização dos profissionais da segurança pública pela sociedade. Ela destacou o caráter democrático do processo seletivo, ´´pautado na escolha pela competência``. Ingressaram 50 alunos, sendo 40 das Polícias Militar, Civil, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal, e dez da comunidade em geral, todos de nível superior. Em nome do secretário Célio Wilson, Thaís Camarinho observou que, com o curso, busca-se unir gestão de políticas públicas com direitos humanos e garantir segurança pública e cidadania.

A abertura reuniu autoridades das polícias militar e civil e da área acadêmica. O presidente do Núcleo Interinstitucional de Estudos da Violência e Cidadania (NIEVCi), Naldson Ramos, doutor nessa área, considerou que o caráter heterogêneo da turma vai trazer benefícios para a discussão dos temas propostos e frisou que ´´somente com saber uma instituição pode caminhar``. Ele apresentou a professora do primeiro módulo, a doutora em Antropologia, Edir Pina de Barros, e sublinhou que a titulação do corpo docente foi decisiva na aprovação do projeto junto ao Ministério da Justiça: 80% do quadro são doutores e 20% mestres.

O comandante da Polícia Militar, coronel Leovaldo Sales, externou sua esperança em que, depois de formados, os profissionais ´´possam transformar uma realidade que não tem sido muito favorável``; em que os conhecimentos cheguem aos que executam as ações, que se reflita também acerca dos direitos dos policiais e ´´sobre os direitos humanos numa dimensão global``.

O diretor de Polícia Judiciária Civil, Romel Luiz dos Santos, disse que nessa turma estão representadas todas as carreiras da Polícia Civil. Assinalou que nos últimos tempos tem sido grande a quantidade de cursos realizados, que é preciso dar valor ao conhecimento e nos momentos de crise, fazer valer as qualificações. Beatriz Figueiredo, diretora da Academia de Polícia, acrescentou que aquele era ´´um momento de integração entre as polícias Militar e Civil e cidadãos civis, juntos caminhando no crescimento institucional e na discussão dos direitos humanos``.

Para a diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), ao qual é vinculado o NIEVCi, Thereza Cristina de Souza Higa, esta é ´´mais uma vitória da Universidade, que vem buscando se aproximar cada vez mais da sociedade``. A pró-reitora de Pós-Graduação, Marinêz Isaac Marques, completou que com essa especialização fica evidente que a Universidade está correspondendo ao esperado e que o diferencial é ´´um curso de alta competência``.

Na opinião do coronel Almir Balieiro, representante docente no colegiado do curso, o conhecimento se faz em equipe e o resultado, com a especialização, é ´´uma contribuição melhor para essa complexidade social que vivemos.

Também estavam presentes na aula inaugural a professora Vera Bertoline, vice-coordeandora do NIEVCi, Alessandra Puertas, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o tenente-coronel Evandro Medeiros e o delegado Elias Daher.





Fonte: Olhar Direto

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