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Saúde
Sexta - 27 de Outubro de 2006 às 00:50

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O rimonabant, um novo medicamento que gerou grande sensação por sua aparente eficácia contra a obesidade, também ajuda a reduzir os riscos para os diabéticos, revelou um novo estudo.

Comercializada na Europa com o nome Acomplia, a droga reduziu o peso e melhorou o controle das taxas de glicose e gordura sangüínea entre as pessoas com diabetes tipo 2, segundo o estudo, que será publicado nesta sexta-feira na edição on-line da revista científica The Lancet.

O diabetes tipo 2 é uma doença grave, que normalmente aparece na idade adulta.

O número de pessoas com a doença explodiu nas últimas duas décadas, impelido pela disseminação da obesidade em países desenvolvidos. Outros fatores de risco são pressão alta e altos níveis de mau colesterol.

O cientista belga Andre Scheen e seus colegas fizeram testes com 1.047 diabéticos de tipo 2 obesos ou acima do peso em 11 países, dividindo-os em três grupos.

Uma parte recebeu rimonabant na dose de 5mg por dia; outra, rimonabant a 20 mg ao dia e uma terceira, um placebo. Todos seguiram uma dieta com uma quantidade levemente menor de calorias do que o necessário e tiveram a recomendação de fazer exercícios físicos.

Depois de um ano, o grupo que ingeriu 5 mg do medicamento havia perdido 2,3 quilos em média. Os indivíduos do grupo de 20 mg perderam 5,3 quilos e o grupo de controle, 1,4 quilo.

Um terço dos voluntários de cada grupo desistiu do teste. O rimonabant foi "geralmente bem tolerado", segundo o estudo. Os indivíduos que desistiram por causa de efeitos colaterais foram em menor número no grupo de 20 mg, citando depressão, náuseas e tonteira.

Os níveis de HDL, o bom colesterol apontado como protetor do coração, subiram 17% entre o grupo de 20 mg, mais que o dobro do grupo que ingeriu o placebo.

O estudo recomenda a ingestão diária de uma dose de 20 mg de rimonabant, juntamente com dieta e a prática de exercícios, para diabéticos do tipo 2 que sofram de obesidade. O rimonabant é fabricado pela gigante farmacêutica Sanofi-aventis, que patrocinou o estudo.

O medicamento é o primeiro de uma nova geração de tratamentos denominada bloqueadores do receptor canabinóide do tipo 1, que inibem as células cerebrais que demandam comida, álcool, nicotina e outras substâncias que dão sensação de prazer.




Fonte: AFP

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