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Saúde
Quinta - 26 de Outubro de 2006 às 15:22

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Cientistas americanos e canadenses descobriram um gene chave relacionado com a doença de Crohn, uma inflamação abdominal séria que afeta mais de um milhão de americanos, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira.

A descoberta explica um mecanismo inflamatório maior que muda a compreensão das doenças ligadas a variações genéticas, informou a doutora Judy Cho, professora de medicina genética da Universidade de Yale e co-autora desta pesquisa, que será publicada na edição desta sexta-feira da revista Science.

Embora quase todas as variações deste gene estejam fortemente associadas com a doença de Crohn, uma delas parece gerar uma proteção importante contra a mesma afecção, garantiu Cho.

Este avanço permite desenvolver novos medicamentos para controlar melhor a doença de Crohn ou retocolite hemorrágica. "Esta doença afeta profundamente a qualidade de vida diária das pessoas que dela sofrem", disse o doutor Richard Duerr, professor de medicina da Universidade de Pittsburgh (Pensilvânia, leste).

"Além disso, a doença de Crohn afeta com freqüência vários membros da mesma família em certas comunidades, sobretudo as de judeus de origem européia, o que levou a crer durante muito tempo que se tratava de uma disfunção genética", acrescentou.

"Esta importante descoberta também põe em evidência o potencial oferecido pelo projeto do genoma humano para compreender as causas de doenças complexas e desenvolver tratamentos mais eficazes", destacou em comunicado o doutor Stephen James, diretor do departamento de doenças do sistema digestivo e nutrição do americano Instituto Nacional da Saúde (NIH, na sigla em inglês), que financiou o estudo.

A doença de Crohn pode afetar todo o tubo digestivo, especialmente o íleo, o colo e a região anal. Pode ser acompanhada de manifestações extra-intestinais (articulares, cutâneas e oculares) e às vezes até de localizações extra-digestivas.

As principais manifestações clínicas são dores abdominais e diarréias, que podem durar semanas, até meses, com complicações graves como oclusões e perfurações intestinais que requerem uma intervenção cirúrgica.





Fonte: AFP

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