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Meio Ambiente
Quinta - 26 de Outubro de 2006 às 09:03

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Um grupo de cientistas chineses revelou a descoberta, feita em 2004, de quatro novos genótipos do vírus H5N1 da gripe aviária em pardais na China, informou hoje a agência oficial de notícias "Xinhua".

Há dois anos, o Instituto de Virologia de Wuhan, na província central chinesa de Hubei, analisou os excrementos de 38 pardais, depois que foi detectado um foco da doença em um distrito dessa província.

"Algumas dessas amostras deram um resultado positivo do vírus H5N1", disse hoje Li Tianxian, pesquisador do instituto.

Segundo Li, das 25 amostras coletadas, foram encontradas cinco variedades do vírus da gripe aviária, entre eles, quatro eram novos genótipos do H5N1.

As autoridades chinesas afirmavam até então que a gripe aviária havia sido transmitida ao país durante a passagem das aves migratórias.

No entanto, a descoberta publicada hoje pela imprensa chinesa mostra que aves não migratórias, como os pardais, também podem ser uma via potencial de transmissão.

A pesquisa realizada por Li foi publicada em dezembro de 2005 na revista americana "Journal of Virology", mas até hoje não havia sido divulgada pela imprensa chinesa, concretamente ao jornal "Chuntian Metropolitan News".

"Não há nenhum motivo para que o pânico aumente. As descobertas aconteceram há dois anos e não há nenhum indício de que os pardais representem um risco", afirmou Li.

O cientista acrescentou que outros especialistas detectaram o vírus da gripe aviária também em pardais, em Hong Kong, em 2002, assim como na Turquia e na África do Sul.

No ano passado, um grupo de cientistas revelou em uma publicação estrangeira a descoberta do vírus H5N1 em porcos, em 2003.

Segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), desde o reaparecimento da doença em 2003, 256 pessoas foram infectadas com a gripe aviária em dez países (Azerbaidjão, Camboja, China, Djibuti, Egito, Indonésia, Iraque, Tailândia, Turquia e Vietnã), das quais 151 morreram.

A OMS teme que o vírus sofra uma mutação que possa causar uma pandemia mundial, embora diversos cientistas rejeitem esta possibilidade, por considerar que não há base científica.





Fonte: EFE

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