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Nacional
Sábado - 21 de Outubro de 2006 às 08:32

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O período de janeiro a setembro deste ano foi marcado pela realização de 386 transações de fusão e compra de empresas no Brasil, registrando aumento de 46% em relação aos nove primeiros meses de 2005. As negociações envolvendo aquisição de controle predominaram, com um total de 203 operações e crescimento de 38% na comparação com igual período do ano passado.

Os dados constam do Relatório de Fusões e Aquisições de setembro, divulgado nesta semana pela consultoria internacional PricewaterhouseCoopers. O ambiente de estabilidade econômica no Brasil e o fim das preocupações do mercado no campo político explicam esse aumento, analisou Raul Beer, sócio da Price.

Segundo Beer, "os agentes financeiros dizem que a economia brasileira está bem e tem um potencial de crescimento, mesmo que não se façam as reformas que poderiam levar o Brasil a um patamar de crescimento de 5% a 6%" do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas do país.

Ele destacou que, para os agentes, o Brasil é um mercado em que interessa investir, mesmo crescendo à taxa de 3% ao ano. "E a melhor forma de investir no Brasil, considerando o tamanho do mercado e da economia, é provavelmente comprando uma empresa e não partindo do zero", avaliou.

O estudo revela que os setores financeiro, de alimentos, de tecnologia da informação, mineração e varejo concentraram 42% dos negócios efetuados entre janeiro e setembro de 2006. Das 264 operações de troca de controle e participação minoritária, 45% foram lideradas por estrangeiros, com destaque para os investidores europeus. Esse é o maior nível dos últimos quatro anos.

Raul Beer explicou que também o empresário brasileiro começa agora a se acostumar com esse instrumento relativamente novo no país, que é a compra de um concorrente. "A tendência é de que o mercado de fusões e aquisições continue crescendo, impulsionado pelas negociações em Bolsa de Valores", apostou.

Isso se dá através da captação de recursos novos para efetuar aquisições e também pelo uso da Bolsa para pagar a compra de controle. "Em vez de você pagar em dinheiro, a transação é paga com ações novas emitidas pelo próprio comprador", esclareceu. É o caso da aquisição do Bank Boston no Brasil pelo Itaú, citou Beer, como exemplo de um mecanismo que não era adotado anteriormente no país.





Fonte: Agência Brasil

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