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Meio Ambiente
Sexta - 20 de Outubro de 2006 às 07:10

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Os deltas dos rios Yang Tsé e Pérola, na China, foram declarados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) "zonas mortas", ou seja, com baixos níveis de oxigênio, onde o ecossistema não consegue se manter, informou hoje um comunicado do órgão internacional.

Motores do desenvolvimento econômico do país, os dois deltas mais importantes da China entram numa lista negra na qual já figuravam a baía de Paracas (Peru), a de Montevidéu, no Uruguai, o rio Mondego (Portugal) e o estuário do rio Mersey (Reino Unido), entre outros.

Pequim está sediando uma reunião internacional sobre poluição marítima, que alertou também para a existência de mais de 10 "zonas mortas" fluviais e 200 marinhas.

As "zonas mortas", onde a vida animal e vegetal está condenada à lenta extinção se não forem tomadas medidas de recuperação, são resultado de despejos de esgoto, combustíveis fósseis, adubos e outras substâncias tóxicas em águas abertas.

No caso chinês, os principais poluentes dos dois grandes deltas, nos quais ficam grandes cidades como Xangai e Hong Kong, são nitrogênio inorgânico e fosfatos ativos, de acordo com a Administração Estatal de Meio Ambiente da China.

Nas águas poluídas são freqüentes as "marés vermelhas", formadas por algas que podem acelerar o desaparecimento do oxigênio em rios e oceanos e causar com isso graves catástrofes ecológicas. Só em 2005 houve na China 82 "marés vermelhas". Porém, foram 15% a menos que em 2004.

Durante mais de 20 anos, a China se preocupou exclusivamente com o rápido desenvolvimento econômico, sem pensar nas conseqüências ambientais. O resultado hoje são graves problemas ecológicos, como a contaminação de grande parte de suas águas, a desertificação do norte do país e a chuva ácida.

A imprensa chinesa comentou ontem a possibilidade de que o Mar de Bohai, perto de Pequim, considerado o mais poluído da China, se transforme também numa "zona morta" dentro de 10 anos.





Fonte: EFE

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