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Internacional
Quinta - 19 de Outubro de 2006 às 18:40

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O principal porta-voz militar americano em Bagdá, major-general William Caldwell, afirmou nesta quinta-feira que um plano lançado dois meses atrás para diminuir a violência na capital do Iraque "não alcançou as expectativas gerais" dos militares americanos.

Caldwell disse que houve um aumento “desanimador” de 22% nos ataques em Bagdá neste mês do Ramadã, sagrado para os muçulmanos, em comparação com o mês passado.

Em junho, as forças de seguranças iraquianas e americanas lançaram uma operação conjunta para diminuir a violência na capital. A operação era considerada fundamental para que os iraquianos assumissem o controle militar do país, permitindo a retirada de tropas americanas.

“A operação Juntos Adiante fez a diferença em áreas de foco, mas não conseguiu atender nossa expectativa geral de sustentar uma redução na violência”, disse Caldwell.

Segundo ele, 73 soldados americanos morreram em outubro, que pode se tornar o mês mais violento para as tropas dos Estados Unidos nos últimos dois anos. O comandante americano no Iraque, general George Casey, ordenou uma revisão da estratégia de segurança.

Onda de violência

Em Washington, o presidente americano, George W. Bush, reconheceu que a experiência americana no Iraque pode ser equivalente ao que aconteceu com os Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã.

Bush disse que a escalada de violência iraquiana “poderia ser comparável” à ofensiva dos vietnamitas em 1968, que ajudou a mudar a opinião pública americana sobre a guerra.

No entanto, Bush disse na rede de televisão americana ABC que o número de baixas nas forças de segurança iraquianas e americanas não são um sinal de que a campanha no Iraque está fracassando.

Os comentários de Caldwell e Bush foram feitos após uma nova onda de violência que atingiu o país, matando pelo menos 50 pessoas nesta quinta-feira.

Boa parte das mortes aconteceu em Mosul, onde um ataque suicida destruiu uma delegacia e matou pelo menos 12 pessoas. Autoridades decretaram toque de recolher depois da explosão.

Em Kirkuk, outras pelo menos 12 pessoas morreram depois da explosão de um carro-bomba nas imediações de um mercado. Em Khalis, perto da capital iraquiana, uma bomba colocada em uma estrada deixou dez mortos, e outros ataques foram registrados em Bagdá, matando pelo menos mais nove.





Fonte: BBC Brasil

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