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Saúde
Quarta - 18 de Outubro de 2006 às 09:39

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Um novo computador que utiliza fitas de DNA para executar cálculos foi desenvolvido pela Universidade de Columbia em parceria com a Universidade do Novo México, nos Estados Unidos. O Maya-II, como foi batizado, é capaz de se sair muito bem no popular "jogo da velha", façanha considerável quando comparada às capacidades limitadas de seus antecessores.

Com efeito, cientistas já haviam desenvolvido computadores baseados em DNA com capacidade de processamento semelhante. Mas o pulo do gato do Maya-II, segundo os pesquisadores, é o seu design inovador, que poderá oferecer ajuda substancial na busca de doenças genéticas.

Embora utilizar trechos de DNA para fazer operações matemáticas e transmitir bytes pareça ser uma idéia incomum, a façanha é possível pois a sua estrutura é digitalmente mensurável, composta por quatro bases (ou variáveis), em contraste com o sistema tradicional utilizado nos sistemas informatizados modernos, o código binário.

O Maya-II utiliza um sistema de portal lógico para calcular seus movimentos no jogo. Tal estrutura consiste em uma fita de DNA que se une a outra seqüência específica. Esta junção faz com que uma região do trecho atue como uma enzima, modificando outra seqüência curta de DNA e gerando uma reação química que dá origem a um brilho verde fluorescente no quadrado almejado por Maya-II.

"Maya-II eleva a bio-computação a um novo patamar," explica Joanne Macdonald, pesquisadora de Columbia, ao site NewScientist. "É um passo semelhante à invenção dos primeiros microchips com centenas de portais lógicos."

Martyn Amos, especialista em computação da Universidade Metropolitana de Manchester, na Inglaterra, afirma que experimentos como este apontam a direção correta para a computação com base no DNA, mas adverte que não é o tipo de equipamento que pode competir com os transistores de silício.

O pioneirismo e o relativo desconhecimento da área ficam claros nas limitações de Maya-II. O sistema leva entre 2 e 30 minutos para calcular cada movimento, e uma segunda máquina é necessária para traduzir os sinais fluorescentes gerados a cada turno para um movimento no jogo.

No entanto, a técnica pode ajudar os pesquisadores a refinar as técnicas para análise de amostras de DNA. Joanne diz já utilizar os portais lógicos "genéticos" para isolar vírus e detectar combinações particulares de DNA.





Fonte: EFE

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