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Segunda - 16 de Outubro de 2006 às 02:44
Por: Marcy Monteiro Neto

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O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, dono da empresa Planam, completou neste fim de semana um mês preso na Polinter, anexo do presídio Pascoal Ramos. Vedoin foi detido pela Polícia Federal no dia 15 de setembro ao tentar negociar um suposto dossiê que serviria para relacionar políticos do PSDB com a Máfia das Ambulâncias. O juiz federal Cesar Augusto Bearsi entendeu que o empresário estava ocultando provas relacionadas à Operação Sanguessuga e, por este motivo, determinou que Vedoin voltasse à cadeia e perdesse o benefício da delação premiada.

A Polícia Federal descobriu, após interceptar uma escuta telefônica com autorização judicial, que Vedoin estaria negociando documentos referentes à Máfia das Ambulâncias. Fotos, vídeos e uma lista de prefeituras que teriam sido beneficiadas com o esquema seriam vendidos para uma pessoa em São Paulo. O encarregado de levar o dossiê até a capital paulista seria o tio de Vedoin, Paulo Roberto Dalcol Trevisan. No dia em que Paulo viajaria com os documentos, 14 de setembro, ele foi detido por uma equipe da Polícia Federal no aeroporto Marechal Rondon, momentos antes de embarcar. A pasta azul com as fotos e vídeos (DVD e VHS) foi apreendida.

Em depoimento à Polícia Federal, Paulo Roberto afirmou que estava apenas fazendo um favor a Vedoin e que não sabia o teor do dossiê. Em São Paulo, outra equipe da PF deteve em um hotel Valdebran Padilha da Silva e Gedimar Pereira Passos com R$ 1,75 milhão, que seria utilizado para pagar o dossiê.

Liberdade

Os advogados de Vedoin entraram com um pedido de revogação da prisão preventiva de Luiz Antônio Vedoin. O juiz federal Marcos Alves Tavares indeferiu o pedido e manteve o empresário preso.

O procurador da República Mário Lúcio Avelar explicou que a prisão preventiva não tem prazo para vencer. Ele ressaltou que, costumeiramente, o preso fica detido por 81 dias à espera da sentença.

A defesa de Vedoin argumenta que não vai entrar com um pedido de habeas corpus por entender que o cliente está preso por 'motivação política'. Para os advogados de Vedoin, o empresário pode ser solto depois que o assunto perder importância depois do segundo turno das eleições presidenciais.




Fonte: RMT On Line

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