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Internacional
Sábado - 14 de Outubro de 2006 às 14:44

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Os quinze membros do Conselho de Segurança da ONU chegaram a um acordo neste sábado sobre um projeto de resolução que condene Pyongyang pela realização de um teste nuclear.

A votação será feita em breve, anunciaram os embaixadores da China e dos Estados Unidos.

"Estamos contentes com este resultado", declarou à imprensa John Bolton, embaixador americano, garantindo que a resolução será aprovada por unanimidade.

O embaixador da China, Wang Guangya, que estava ao lado de Bolton, se apressou a a confirmar: "Agora os quinze estão de acordo sobre o que será, na nossa opinião, uma resposta forte e apropriada" ao gesto de desafio de Pyongyang.

Pela manhã as negociações foram ásperas, num momento em que a autenticidade do teste, questionado por especialistas, parecia se confirmar com a detecção de partículas radiativas.

Os embaixadores dos cinco "Grandes" (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia) e Japão se reuniram pela manhã para tentar aplainar divergências sobre a punição. Já a autenticidade do teste nuclear anunciado pela Coréia do Norte parecia confirmar-se neste sábado depois da presumível detecção de partículas radiativas perto do local da prova.

O serviço de inteligência americano detetou indícios radiativos na atmosfera perto do lugar em que Pyongyang assegura ter realizado o teste nuclear, em Hwadaeri (norte).

Coréia do Sul e Japão foram informados sobre esses resíduos pelos americanos, cinco dias depois de Pyongyang anunciar ao mundo o êxito de seu primeiro teste.

"Os Estados Unidos admitiram que o Norte efetuou um ensaio nuclear", afirmou um funcionário do serviço de informação sul-coreano citado pela agência Yonhap, acrescentando que as partículas radiativas foram registradas no Mar do Japão. Tóquio, no entanto, considera que a veracidade do episódio ainda não foi demonstrada. "Não temos nenhuma informação que possa confirmar ou descartar o que foi dito na imprensa", afirmou Xavier Clément, do Comissariado para a Energia Atômica (CEA), membro da rede.

O CEA é o equivalente francês do Sistema de Vigilância Internacional (SSI) implementado pela Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (OTICE, em inglês).

"Não excluímos que possamos obter algo em alguns dias", reconheceu o porta-voz do CEA, e acrescentou que a estação de detecção mais próxima à Coréia do Norte se encontra no Japão. O SSI está implementando uma rede de 321 estações de detecção, das quais 60% já estão operacionais.

Sobre este total, 80 estações estarão encarregadas exclusivamente de detectar os radioisótopos que podem ser espalhados na atmosfera durante uma explosão nuclear.

Estes detectores são de funcionamento mais delicado que os sismógrafos, que dão o primeiro alerta sobre a realização de um ensaio nuclear.

Os detectores de radioisótopos absorvem partículas da atmosfera que depois analisam para distingui-las do pó natural, que pode ser também ligeiramente radioativo.





Fonte: AFP

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