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Educação/Vestibular
Quarta - 11 de Outubro de 2006 às 22:03
Por: Sandra Costa

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“A chave da riqueza pessoal e profissional”. É assim que a professora Samara de Freitas, que leciona na Escola Estadual “Nossa Senhora de Lourdes”, em Sinop (a 503 km de Cuiabá), define a educação. Com 29 anos de idade, ela leciona aula de filosofia e sociologia pelo projeto-experimental “Beija-flor”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Formada há dois anos em psicologia, ela sempre quis ser professora, tanto que na faculdade optou pela licenciatura. Em 2005, lecionou pela primeira vez para crianças do Ensino Fundamental, mas foi ao dar aula para jovens e adultos que ela realmente se encontrou como educadora.

“Pessoas mais velhas, tanto aprendem como também ensinam. É uma troca de experiências. Tive um aluno de 59 anos, que presenciou a ditadura militar e todas às vezes que tocávamos no assunto ele contribuía muito com sua história de vida, coisa que só vivenciei em livros. É como uma história viva” declara.

A professora Samara começou a lecionar pelo projeto “Beija-Flor” em abril deste ano, dando aulas em módulo disciplinar para uma turma de 30 pessoas (jovens e adultos). “Eu acredito que esse tipo de ensino deveria ser para todas as séries. Assim o aluno não ficaria sobrecarregado. É só uma matéria que ele vê durante 20 dias”, explica a professora, ao acrescentar que essa modalidade de ensino (disciplinar) é oferecida apenas aos estudantes que já eliminaram matérias pelo exame de massa realizado pela Seduc, mais conhecido como “Provão”.

Além de atender a especificidades como estas, o “Beija-Flor” oferece um ensino diferenciado, de forma a atender ao anseio da demanda educacional de jovens e adultos no Estado, como a redução da carga de ensino de nove para seis anos na conclusão dos Ensinos Fundamental e Médio; carga horária diária menor, de 4h para 3h; merenda; e material didático específico. Com o projeto, o aluno jovem ou adulto concluirá a Educação Básica em seis anos.

Sobre o papel que o professor deve exercer em sala de aula, Samara finaliza dizendo que ele deve ser o instrumento que permite ao processo de ensino-aprendizagem acontecer, ou seja, o elo de intermediação do saber. “A educação é tudo. Pode não resolver todos os problemas, mas ajuda a encaminhar. Dá saudades quando termina o módulo porque a gente cria um vínculo muito forte com os alunos”, conclui.





Fonte: Da Assessoria

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