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Nacional
Segunda - 09 de Outubro de 2006 às 23:15

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O governo da Bolívia e a Petrobras informaram nesta segunda-feira que devem fechar ainda neste mês um novo contrato para as operações da estatal brasileira no país, como prevê o decreto de nacionalização do gás e do petróleo.

As declarações otimistas surgiram durante uma reunião preparatória de um próximo encontro entre ministros de Energia de ambos os países, a três semanas do vencimento do prazo estabelecido para a redefinição dos contratos.

"Bom ambiente, boas negociações, mas temos um longo caminho a percorrer", disse a jornalistas o presidente da filial boliviana da Petrobras, José Fernando Freitas.

Depois da dura troca de ameaças dos últimos três meses, Freitas disse que "sim, vamos por um bom caminho", na direção de um rápido acordo.

Já o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, lembrou que ainda faltam três semanas para o prazo. "Esperamos que nos próximos dias tenhamos um acordo", afirmou.

Villegas informou que, depois das reuniões técnicas, será marcado o encontro com seu colega brasileiro, Silas Rondeau, ainda antes de 28 de outubro, prazo para os novos contratos.

O ministro disse ainda que "estão sendo discutidos e analisados também os temas medulares do contrato" com outras empresas estrangeiras, como a espanhola Repsol-YPF, a francesa Total e a britânica British Gas.

O decreto assinado em 1o de maio pelo presidente Evo Morales devolve ao Estado a propriedade de todos os recursos energéticos e transforma as empresas estrangeiras em prestadoras de serviços da estatal local YPFB. Essas empresas receberiam entre 18 e 50 por cento do valor produzido.

A maior parte das reservas da Bolívia estão na forma de gás natural, exportado para Brasil e Argentina.

A Petrobras, que além de produzir e exportar gás também controla as duas únicas refinarias do país, é o maior operador do setor, com cerca de 1,5 bilhão de dólares investidos na última década.

As negociações entre Bolívia e Petrobras abrangem não só os novos contratos de operação como também a transferência das refinarias para a YPFB. A estatal protestou, dizendo-se lesada, e ameaçou abandonar a Bolívia.

Enquanto isso, a YPFB e a Petrobras mantêm outras conversações, a respeito do pedido boliviano de aumento do preço do gás vendido a São Paulo, cerca de 26 milhões de metros cúbicos por dia.





Fonte: Reuters

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