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Educação/Vestibular
Sexta - 06 de Outubro de 2006 às 16:11

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Mais de duas mil pessoas, entre jovens, crianças e adultos, já participaram do projeto Escola da Família em Cuiabá, em dois finais de semanas em que três escolas municipais ficaram com seus portões abertos.

Na escola Orlando Nigro, no bairro Pedregal, a primeira oficina do projeto, a de Artes Plásticas, possibilitou a mudança do visual da entrada da Escola. Cerca de 100 crianças e jovens, coordenadas pelo renomado artista plástico Sebastião Silva, pintaram o muro da escola, proporcionando um visual alegre e criativo. As escolas Dr. Fábio Leite, que leva o nome do bairro onde está localizada e a Alzira Valladares, também já abriram suas portas para a comunidade.

As oficinas de cinema e teatro, desenvolvidas nas três unidades escolares são disputadas por crianças e jovens. Outra ação que chama atenção dos jovens é a monitorada pela Central Única das Favelas, a Cufa, que integra o projeto. O movimento Hip Hop, atrai os jovens para as oficinas de D.J., M.C, Break, Grafite e Basquete de Rua. Até agora, nos três bairros onde o projeto vêm sendo desenvolvido, as comunidades teve a disposição 77 oficinas. São várias atividades como artesanato, confecção de brinquedos, bordado, culinária, formação de atores, oficina de lendas, arco e flecha, entre outras.

De acordo com a coordenadora do projeto, professora Sanny Lisboa, o Escola da Família faz parte do programa Abrindo Espaços para a Paz, da Unesco, que já atua em vários Estados do Brasil. "Em Mato Grosso, Cuiabá é a primeira cidade a desenvolver esse projeto em cooperação técnica com a Unesco, os resultados positivos de outras localidades nos dá a segurança de que atingiremos nosso principal objetivo, que é reduzir a violência escolar", explica a professora.

A meta é abrir 40 escolas municipais até 2008. A expectativa é a de que em dezembro desse ano, 20 unidades estejam de portões abertos para as comunidades, nos sábados e domingos. "Uma vez abertos, os portões não se fecharão mais. Cada vez mais, queremos agregar atividades ligadas à Cultura, Esporte, Geração de Emprego e Renda e Lazer, para que os pais, as crianças, os adolescentes e principalmente os jovens se sintam acolhidos pela escola", explicou Sanny.

O secretário municipal de Educação, João Pedro Valente, acredita que o projeto Escola da Família em Cuiabá fortalecerá a identidade cultural da cidade e desenvolverá o "sentimento de pertencimento" nas comunidades. "Com o passar do tempo as pessoas verão a escola como se fosse a extensão de suas casas, assim será mais fácil conservar o ambiente e o patrimônio. Acredito que, a partir de agora, a família e a escola terão uma nova relação", ressaltou Valente.

A oficial de projetos da Unesco em Mato grosso, Larissa Silva Freire Spinelli, ressalta que a abertura das escolas nos finais de semana está possibilitando uma nova relação entre a escola e a comunidade. "Essas ações acabam humanizando a escola, são mães e pais aprendendo junto com os filhos, isso é fundamental para melhorar o processo de aprendizagem e a relação entre eles", salientou.

Voluntariado

Quinze pessoas estão atuando como voluntários no projeto Escola da família. São universitários, donas de casa, artistas e profissionais da Saúde e outras áreas que abraçaram o projeto. Eles recebem todo o material necessário para desenvolver as atividades que se propõem a fazer. "Sempre quis ajudar as pessoas de alguma forma, essa foi a oportunidade que encontrei para repassar o que eu sei para as pessoas que precisam de ter alguma renda a mais", revelou a dona a comerciante e moradora do bairro Pedregal, Eliane Aguiar Ribeiro, que ensina ponto russo, na oficina de bordado na escola Orlando Nigro.

Segundo a professora Cirlene Figueiredo, uma das responsáveis pelo setor financeiro do projeto, existem linhas orçamentárias que possibilitam o custeio das oficinas sugeridas por voluntários, desde que estas estejam de acordo com os objetivos do programa. "Analisamos as propostas de oficinas e as relacionamos com os objetivos do programa e suas linhas orçamentárias", explica a professora.





Fonte: Da Redação

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