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Saúde
Segunda - 02 de Outubro de 2006 às 13:58

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Especialistas de todo o mundo estão alarmados com a transformação do diabetes em uma epidemia que pode assumir proporções catastróficas. Hoje são 230 milhões de doentes. Mas as estimativas projetam um quadro ainda mais desesperador para 2025: o número de enfermos chegará a 350 milhões. Em média, hoje, é registrada uma morte pela doença a cada 10 segundos.

Por causa desse quadro, a 42ª reunião anual da Associação Européia para o Estudo de Diabetes (EASD), nas cidades de Copenhague, na Dinamarca, e Malmo, na Suécia, marcou o lançamento da campanha internacional Unite for Diabetes, que busca o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) para alertar 1 bilhão de pessoas para a doença.

Para obter o status de resolução da ONU, a campanha, promovida pela Federação Internacional do Diabetes (IDF, em inglês), ainda precisa de aprovação de um país-membro. Mas o presidente do IDF, Martin Silink, está confiante:

- Esta é a maior coalizão pelo diabetes que o mundo já viu. Cerca de 30% das crianças no mundo estão acima do peso ou são obesas. Você pode dizer que é tudo culpa dos pais, mas será que não há uma responsabilidade da sociedade nisso?

O apelo pretende mobilizar governos, médicos e a população e reafirmar a importância de uma combinação considerada eficiente, porém raramente aplicada com rigor aos pacientes: dieta e exercícios físicos, aliados a remédios, em alguns casos.

Kofi Annan, secretário-geral da ONU, recebeu um pedido para que o tema seja discutido em diversos organismos ligados às Nações Unidas.

O diabetes é um mal silencioso em metade dos casos - 50% dos diabéticos desconhecem sua condição. Um método efetivo de combate, que consiga deter o avanço da doença, precisa atuar no estágio da prevenção.

De acordo com as estatísticas, uma amputação, possível conseqüência da evolução do diabetes, precisa ser feita, em média, a cada 30 segundos.

Larissa Roso viajou à Dinamarca a convite do laboratório GlaxoSmithKline

Saiba mais O que é? O diabetes é uma doença crônica marcada pela elevação dos níveis de glicose no sangue. A insulina é um hormônio produzido no pâncreas que ajuda o açúcar (glicose) a deixar o sangue e adentrar as células musculares e gordurosas do corpo. Quando uma pessoa tem diabetes, o pâncreas não produz a insulina necessária (diabetes tipo 1) ou o sangue não usa a insulina produzida (tipo 2). Quais os mais comuns?

> tipo 1: afeta principalmente crianças e jovens, se caracteriza por uma inflamação das células beta, produtoras de insulina no pâncreas, provocando deficiência grave. > Tipo 2: é a forma mais freqüente e afeta pessoas acima de 45 anos, obesos com deposição de gordura na região abdominal, sedentários, hipertensos e com alterações dos lipídeos sangüíneos.

> Na gravidez: duas situações envolvendo o diabetes durante a gestação: a mulher que já tinha diabetes e engravida ou a que desenvolve o diabetes gestacional. O gestacional é a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é detectada pela primeira vez na gravidez.

Os sintomas Níveis altos ou mal controlados de glicose podem provocar sede em excesso, vontade de urinar seguidamente, fome exagerada, perda de peso, visão embaçada, infecções repetidas na pele ou em mucosas, machucados que demoram a cicatrizar, cansaço inexplicável, dores nas pernas devido à má circulação. Pode-se levar meses ou anos para se descobrir o problema. Os indícios podem ser vagos, como formigamentos nas mãos e pés. É importante investigar a partir dos 40 anos. Como é diagnosticado?

O tipo 1 é facilmente detectado devido aos sintomas. O tipo 2 tem um curso mais traiçoeiro. Todas as pessoas obesas, com pressão alta e sedentárias, deveriam fazer um exame de glicose no sangue em jejum.

A prevenção > A prática de atividade física regular é fundamental. Manter-se ativo promove uma mudança radical no corpo. O organismo solicita hábitos saudáveis. Os alimentos gordurosos e as refeições exageradamente calóricas começam a ser rejeitados.

> Para uma alimentação saudável, incorporar à dieta diária alimentos ricos em fibras (frutas e verduras), diminuir a quantidade de gorduras (óleo, manteiga, cremes, etc) e carboidratos (massas e doces) e também a de alimentos em cada refeição (coma mais vezes, ingerindo menos calorias). Prefira alimentos grelhados e cozidos, carnes magras e leite desnatado.

Números da epidemia > No mundo, 230 milhões têm diabetes (6% da população). Por volta de 2025, estima-se que o pré-diabetes será diagnosticado em 500 milh





Fonte: Olhar Direto

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